sábado, 3 de dezembro de 2016

(Show) DESCENDENTS, Berri Txarrak, Direction (02/12/2016)


E vamos ao último show do ano.... rolou nessa sexta-feira o primeiro show do Descendents da tour na América do Sul, o show foi na Tropical Butantã e precisamos falar sobre isso....

Direction:
     A banda Direction abriu o show, os caras começaram com essa nova banda a pouco tempo, maaaaasss o grupo é formado por pessoas que muitos conhecem, tem gnt Fauto Oi, ex-DOD, André Vieland, ex-Good Intentions, Thiago de Jesus, ex-Live by the fist... Mas isso não vem ao caso, vamos falar do Direction. Os caras mandam um hardcore bem rápido, com letras políticas, assumiram seu posicionamento de esquerda no meio do show e mandaram bala. Eu curti muito algumas músicas, infelizmente não vou saber o nome por que como disse a banda é nova e só ouvi os sons lá. Os caras tocaram 20 minutinhos mas foi bem legal, além do repertório próprio mandaram um cover de Lifetime. Espero ver mais vezes e ouvir mais sons...

Berri Txarrak:
   Os caras do Berri Txarrak começaram arrebentando, um power trio pesado, batera marreteiro demais... Caralho, começou animal, vocal e guitarra com uma camiseta do Tim Maia, e a pedrada comendo solta. No meio do show a banda se apresentou e disse em alto e bom som: "Somo Berri Txarrak, do país Basco" ou seja, não são da Espanha não, acho isso muito louco, quem sabe um pouco da história do País Basco sabe do que estou falando.
   Os caras tocaram pouco tempo também, mas arregaçaram, curti muito os riffs de guita e a batera reta e martelada, vou buscar conhecer mais. Ahhh, houve uma tentativa de nos ensinar a cantar um refrão em basco, mas infelizmente não rolou muito bem.




Descentends:
    Os tiozinhos subiram no palco alguns minutinhos atrasados, mas quem se importa não é? Milo pediu desculpas por não ter conseguido chegar para assinar os posters na quinta, e logo mandaram "Everything Sucks" e ai meu amigo, tirem as crianças da sala, pq sinceramente eu não lembro onde eu tava, quem eu era, o que eu estava fazendo... me tornei massa com a galera que cantava loucamente! O show seguiu com uma atrás da outra, só paulada, vez ou outra Milo fazia um comentário aqui, outro acolá, mas o show seguia, incansável. Engraçado é que eles são bem tiozinhos mesmo cara, parecem meu pai, sei lá, algo assim, e arregaçam!!! Milo estava com uma mochilinha de água dentro da camisa, tipo essas de ciclista, e o canudinho pra fora da camisa, quando dava sede, ele só colocava na boca, dava uma golada e continuava cantando, eu sempre ria disso.
    Como eu disse, um som atrás do outro, só paulada, e a galera indo junto, o bicho pegando! A banda é vai retinha, toca tudo com muita maestria, por exemplo Bill na batera nem se mexe direito, mas toca com uma precisão do caralho. Muitos "Stage Diving" depois (entre aspas pq não dava pra chegar no palco de fato) o set acabou, eles saíram e todos pediram mais. Voltaram, Bill foi até o microfone, reclamou que saiu um pouquinho e nós já estávamos dormindo, voltou para a batera e mais algumas músicas de bis, já quase batendo 30 sons, saíram mais um vez. Ninguém arredou o pé, pedindo mais Bis, e la vieram eles novamente, Bill foi até o microfone mais uma vez, e "reclamou" "Só fui ali fazer xixi e vcs já dormiram novamente?", e três sons depois estava terminado o show que muitos aguardaram por anos.
    Não faltaram clássico para embalar a noite, como eu disse, um atrás do outro, o que faltou foi folego para aguentar tanto tempo cantando incansável, da parte da banda o show foi incrível mesmo, valeu muito a pena, o set list contou com: Hope, Rotting Out, I'm a Pervert, I Wanna be a Bear, Silly Girl, Nothing with you, Clean Sheets, Suburban Home, Coffee Mug, Myage, Get the Time, Talking, I Like Food, I don't wanna grow up, I'm the one, Bikeage, When I get old, Thank you e Descendents, além do Bis. Existem algumas coisas não muito positivas em tudo, mas na real elas já se repetem faz algum tempo, em um momento eu vi alguém da organização mandando o cara abaixar a gopro dele, ué? Não pode filmar a banda? Achei isso esquisito, no mínimo. Sem contar casalzinho que quer ficar abraçadinho no meio do polgo, dando porrada em qualquer um chegue perto, po galera, tenha bom senso... ali é todo mundo se esbarrando mesmo, não dá pra namorar!  Mas ai, como eu disse, tem nada a ver com o show, tem a ver com coisas externas que não vem ao caso. Quem for no dia 3 aproveite por mim!

Texto: Walace Nunes
Fotos de: @salparadaise, @crisnunes, @gabrielishii

terça-feira, 29 de novembro de 2016

(Show) Ensaio Aberto Tattoo Bar - 25/11/2016 - Velocaos/Com Respeito/Primu Probre (Carapicuíba)



Na sexta-feira dia 25 de Novembro rolou no Tattoo Bar, no centro de Carapicuíba, o ensaio aberto Hardcore, com três bandas e vamos falar disso: 







Velocaos

 Os caras abriram o show, me culpo por não ter conhecido essa banda antes, os caras são da minha região e mandam um hardcore melódico de qualidade, achei muito bom a levada, bases, arranjos, animal. Cheguei no outro dia em casa e fiz questão de baixar o play dos caras e vale a pena heim? Se você hardcore vai gostar, segue o link. Quanto a apresentação da banda, foi muito boa apesar de o equipamento estar limitado o que vale foi a intensão, mas a apresentação foi boa o suficiente para me convencer que o som da banda era bom.

Facebook






Com Respeito

 É difícil falar da minha própria banda, e eu posso puxar a brasa para a minha sardinha, mas vamos lá. O show foi curto, apenas 7 músicas e dentre elas um cover. Começou com sons próprios e lá da bateria parecia que a galera estava curtindo. Depois de três músicas tocamos o cover "Wake the Dead" do "Comeback Kid" ai o negócio esquentou, essa todos sabiam cantar então foi bem legal a resposta do publico. Emendamos em um som novo "Marcharemos" e caminhamos para o fim do show, que foi sem surpresas, rápido e ao que parece a galera curtiu. Se você quer ouvir mais da banda pega ai o nosso soundcloud.

Facebook

Protesto Primuprobre
A banda tem uma pegada hardcore/hip-hop, com dois vocalistas o som dos caras é bem legal, as letras falam de questões sociais e o vocalista sempre falava nos intervalos sobre reflexões do mundo e de classes. O show foi legal mas infelizmente não encontrei o facebook da banda e nem sons gravados, mas espero tromba-los em outros shows para conhecer mais.

É isso, três bandas carapicuibanas mandando brasa, foi muito loco mesmo, sei lá quantos anos eu não tocava no meu quintal, desde a falecida Toca da Baleia, mas é isso ai, o independente não pode parar. E valeu ao Tattoo Bar e ao Cezar que fez o maior corre. "Juntos somos fortes"!!

Texto: Wallace Nunes
Fotos: Velocaos - Hubert Pastrello
Com Respeito - Bruno Renan

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

(Show) Dance of Days - 19/11/2016

No último sábado rolou o show do Dance of Days aqui em Carapicuíba e vamos falar sobre isso.



Cheguei no Simple Pub cedo para as apresentações, assim consegui ver todas as bandas. A primeira banda, "Eletrofolke" que já estava no meio de sua apresentação, mandou um som bem experimental e interessante, o legal é que os caras são de Itapevi, curti o som!

Em seguida rolou a apresentação da banda "Nóia", gostei do som dos caras, um punk rock/hardcore da antiga, coisa boa e divertida de curtir, me lembrei dos shows de Carbona lá em 2003, interessante. Os caras mandavam bem e tem um repertório de músicas próprias, quem quiser saber mais confiram o Facebook dos caras.

O B-sides é uma banda cover de Ramones que se propoe a tocar só os lado B, assim como o nome propõe. Achei massa o show, apesar de particularmente eu conhecer poucos daqueles lado-B, mas as 3, 4 que eu conhecia curti. Para mais infos a página do Facebook da banda.

A banda A União é uma banda cover de Charlie Brown Jr. e eles tocaram... Charlie Brown Jr, a unica coisa que posso avaliar é a técnica dos músicos, pois as músicas todos vocês conhecem, então tecnicamente uma banda muito boa, podia trabalhar para fazer um som próprio, segue o Facebook dos caras.

Por fim o Dance of Days, entrou no palco já lá pelas 2 da manhã, com uma formação nova, saíram baterista, baixista e guitarrista e esse foi o primeiro show da banda com novos membros. Sinceramente não gostei, achei fraco e sem muita emoção, vi muitos shows do DOD e esse sem dúvidas foi o pior, a galera foi indo embora e no fim só estávamos lá eu e meia dúzia de gatos pingados. Independente das brigas internas da banda eu comprei o ingresso porque queria ver o Júlio na batera, essa é a verdade, e depois desse show.... sei lá, pensar na aposentadoria é uma opção. O repertório também foi bem fraco, tocaram duas ou três músicas do a história não tem fim, uma ou duas do coração de tróia, algumas da valsa das águas vivas e o restante eu nem sei de onde vieram. A única coisa legal foi um bridge nas duas ultimas músicas, para juntar tudo tocaram "Dance with myself" do Billy Idol. No mais, é isso...

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

(EP) Stupid Karate - S/T

Stupid Karate é uma banda de Lille na França e estão lançando o primeiro EP da banda intitulado apenas como S/T.




A banda tem uma pegada bem rápida, um hardcore bem cru, mas o que eu mais curto é que algumas letras são em francês e outras em inglês, acho bem legal quando bandas tentam fazer músicas em sua língua materna e não em inglês, isso é um desafio.

O EP começa com a faixa "Série Noire" que tem uma vinheta em francês no inicio e já emenda em um punkrock cru e rápido, em seguida temos a faixa "Drug Free schools for me" que é muito mais rápida do que a anterior que é uma crítica ao ambiente escolar e faz uma relação com o uso de drogas por conta disso, essa faixa está em língua inglesa.

A música "Smell like piss spirit" faz uma brincadeira com o título do Nirvana e é uma faixa bem rápida que fala do ódio por crianças (?), uma música bem esquisita para dizer o mínimo. Em seguida temos a canção "Lieutenant Marion Cobretti" que é a última em francês do EP, também começa com uma vinheta e punkrock come solto.

A canção "I've got the curved edge" fala de ego e de prepotencia, o EP se mantem em uma pegada bem crua. "Cool Crimes" tem uma pegada mais metal, um reef pesado e um coro no refrão, uma música bem diferente do restante mas que deixa o EP bem interessante. "Harambe's Revenge" é a ultima faixa da banda, voltamos para o punkrock rápido, a letra conta a estória de um "Popstar" que se deu mal. Por fim o EP termina com um cover do The Undertones, a música é "Teenage Kicks".

S/T é rápido e contundente, vale a pena conferir o som dos caras. Para mais informações confiram os links abaixo:

Bandcamp
Youtube
Facebook

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

(Show) Dead Fish - 04/11/2016 (Carapicuíba)

Sexta rolou em Carapicuíba uma parceria entre vários donos de pubs e espaços que rolam shows aqui na Região Oeste da Grande São Paulo, essa parceria trouxe os capixabas do Dead Fish para, quem sabe, sua terceira aparição na cidade. O show aconteceu em um antigo bailão de forró pertinho da minha casa, e o Sei Lá Zines estava lá expondo zines e trocando ideia com o público presente, deixo aqui as impressões dos shows.

Anova: Banda da cidade que já tive a oportunidade de ver mais de uma vez, apesar do som não estar favorecendo, o vocal muito baixo e muito grave, sempre tem muito grave, a banda tem um som próprio e uns arranjos bem maneiros, só acho que estava tocando para o público errado, claro que existe essa ideia que "somos todos independentes" mas não adianta dar murro em ponta de faca, se tocar para o público certo pode crer que a recepção será muito melhor, normalmente quem gosta de hardcore/punk rock não é muito versátil e vice-versa. Voltando a banda, os caras mandam bem, tiraram um cover com arranjo próprio, ficou bem legal, além dos sons próprios que mesmo com muito grave pareceram legais.

Lomba Raivosa: Segunda vez que vi os caras do Lomba Raivosa ao vivo, confesso que dá primeira o som estava muito melhor (Hangar 110 - 2011), mas os caras botaram pra quebrar mesmo só ouvindo o baixo e nada do vocal. Punk rock do começo ao fim, infelizmente não pude entender muita coisa do show, mas a última música foi "Puta Pegueira", tenho certeza. PS: Quero ver mais uma vez.

Dead Fish: A banda faz tanto show que já virou padrão, não que seja ruim, mas tem meio que o mesmo setlist sempre. A parte boa foi estar no meu bairro, a poucos metros da escola que eu estudava quando escutei o disco "Sonho Médio" pela primeira vez, com vários amigos, tirando isso foi mais um show do Dead Fish. Os caras cortaram 3 músicas do Setlist porque tinha que estar no Rio no Sábado, e ao que parece o Rio era mais importante do que Carapicuíba. Mas vamos falar do som né? Sempre redondo, a banda mandou músicas de todos os discos, sem erro, apenas o vocal que estava uma merda, não dava pra ouvir direito... uma parada que o Simple tem que correr atrás para os próximos eventos, som tem que ser melhorzinho mano, pelo menos tem que ouvir o vocal, ou um técnico de som que saiba equalizar, não é só virar botão, dá pra melhorar manos!

Infelizmente tudo atrasou, Dead Fish acabou quase 3 da manhã e eu já estava bêbado de sono e de cerveja e não vi as outras bandas, peço desculpas aos caras do "Sukinho de 10", "Perturba" e "Rudes" espero ter mais chances de vê-los para escrever aqui.

Fotos por: Bruno Renan
Texto por: Wallace Nunes

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

(EP) Raincheck - True Love


Raincheck é uma banda de Lyon na França, os caras fazem um Hardcore rápido e de atitude com vocais gritados, melódicos e coros, sabe aquele som que dá vontade de andar de Skate? Então é disso que eu estou falando.

Os caras acabaram de lançar um EP intitulado "True Love" que conta com seis canções, vamos conversar sobre as mesmas. "Work Less Chill Mass" é um som muito bom para abrir o EP, começa com um hardcore pegado e alguns coros animados fazendo uma harmonia muito boa na faixa, gosto muito do título, remete a um pensamento contemporâneo mundial, trabalhe menos e curta mais. Em seguida temos "Fresh Start" que já é um hardcore mais leve mas não menos interessante, bem melódico tem uma levada ótima. A terceira faixa "Self Sabotage" já volta a pega do inicio, hardcore para correr num circle pit frenético emendado no refrão melódico, cara sério esse EP é muito de boa de ouvir, incrível.

A faixa "Uncool" já faz o lado B do disco começar correndo, apesar de curtinho o som, apenas um minuto, tem uma força enorme, com um riff pesado no meio como bridge para o final. "Overflow" mantém a pegada, mas com um refrão melódico e uma levada mais tranquila. Por fim, mas não menos importante temos o som "Party Daze" dá uma desacelerada para um grand finalle, o som é mais melódico com um coro bom de cantar junto, quando esses caras vem para uma tour no Brasil mesmo? Preciso ver isso ao vivo!

A arte da capa foi feita pelo artista Freak City, e o EP está disponível em fita K7 (edição limitada em 30 cópias) em vinil '12 e em CD.

Para quem quiser saber mais da banda não deixe de conferir o Facebook dos caras e o Bandcamp da banda, os sons estão disponíveis lá para serem ouvidos gratuitamente.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

(Disco) Dirty Faces - Eles Acreditam


Dirty Faces é uma banda do Rio de Janeiro que acaba de lançar seu primeiro disco intitulado "Eles Acreditam" com 10 faixas de hardcore, vamos disseca-lo.

O disco começa com a faixa "Eles Acreditam", a música é um hardcore rápido com vocais agressivos, a letra fala da cena underground em si, em seguida o disco diminui o ritmo com a faixa "E.P.A.C." que é bem melódica bem mais cadenciado, a letra fala de relações familiares. Em seguida temos "Em todas as vias" que começa com um riff de guitarra interessante e uma linha de baixo bem trabalhada sendo acompanhado por um dueto de guitarras, em seguida um hardcore rápido e claramente politico.

"LTDA" e "Arte Mysttica" são sons mais lentos e cadenciados com temáticas quanto ao trabalho e a busca do eu, respectivamente. "Em você" é um hardcore mais rápido com um arranjo muito legal de Cry Baby na parte final, novamente a temática é quanto ao descobrimento do "eu". "Cotidiano" mantém o hardcore correria do disco, a temática está clara no título. "Alienado" tem uma base interessante e um refrão cantante, quero ver essa ao vivo! "Nostálgico" acho que é a música mais lenta do disco e com um tema muito triste, ao menos pra mim, o título diz tudo, mas lembrar dos velhos tempos sempre dá um nó na garganta. "Círculos" fecha o disco com cunho politico fortíssimo e um refrão legal, com uma linha de baixo trabalhada e guitarras duetadas com reverb e dedilhado, em seguida um solo speedcore muito interessante.

Enfim, Dirty Faces vem com um disco de estreia bem trabalhado e com uma produção legal. Agora é esperar para ver a performance ao vivo. A arte da capa e contracapa, além da logo da banda ficaram por conta do artista The Wall THX, ou esse que vos fala, como preferir. Para ouvir o disco e saber mais da banda confiram o Bandcamp e o Facebook dos caras.

domingo, 23 de outubro de 2016

(Show) Black Dahlia Murder - 22/10/2016

No dia 22 de Outubro rolou na Clash Club, em São Paulo, o show da banda de Melodic Death Metal "The Black Dahlia Murder", infelizmente perdi o horário e não pude ver as bandas de abertura, mas deixo aqui as impressões da banda principal.


O show começou com a música "What a Horrible Night to Have a Curse" do disco "Nocturnal" já tacando fogo na galera, desde a última vinda ao Brasil em 2011 mudaram a formação consideravelmente, novo guitarra, novo batera e novo baixista, assim apenas permanecem Trevor Strnad nos vocais e Brian Eschbach na guitarra, os novos caras não deixaram a desejar e com nova formação ou não o show começou botando tudo abaixo.

Seguiu então outra canção antiga "Statutory Ape" do disco "Miasma" emendando em "Abysmal" do novo disco e em seguida "Nocturnal" do disco homônimo, em seguida mandaram "Malenchantments of the Necrosphere" do quinto álbum "Ritual", já da pra ver que o show foi indo e vindo nas melhores músicas de cada disco não é? E isso fez ser brutal.


Algo interessante que o guitarrista Brian Eschbach disse é que para essa tour eles de fato se prepararam e reaprenderam muitas músicas, disse que se dedicaram para mandar o material com qualidade na integra, por exemplo ao mandar o som "Warborn" do disco "Nocturnal" de 2007 Trevor disse: "Provavelmente vocês estão sendo os primeiros a ouvirem esse som em 10 anos". 

Agora um fato engraçado, Brian viu uma pessoa na plateia fazendo gesto com os dedos indicando um baseado, ele então foi ao microfone e perguntou "Ei cara, você está fazendo o gesto de maconha, você de fato tem maconha?" e Trevor completou: "Nós nunca fumamos maconha do Brasil, é boa?" ao que o público prontamente disse "Não" e eles responderam "É ruim? Sem problemas, nós fumamos mesmo assim", após essa declaração era só questão de tempo até alguém alcançar uma vela para os caras e quando isso aconteceu o portador da erva foi saudado com um beijinho na careca de Trevo e Brian. 

Os caras surpreenderam mandando sons do primeiro álbum lá de "Unhallowed" de 2003 mas a festa ficou para o final ao mandar "Miasma" colocando a galera num circle pit animal a banda emendou em "On Stirring Seas of Salted Blood" e disse ser o fim do show, o público é claro pediu mais músicas, e assim voltaram para apresentar o bis com a trinca: "Everything Went Black", "Deathmask Divine" e fechando com, obviamente, "I Will Return".




Apesar de ser uma banda rápida, de uma pegada pesada é o tipo de show que você não se mata, é rápido demais para correr pular e até mesmo cantar, mas é de deixar qualquer fã ou pessoa que desconheça de boca aberta, parece que agora, depois de 16 anos de banda o "Black Dahlia Murder" está em sua melhor fase, com um show consistente e impecável tecnicamente, para a banda eu só peço que cumpram sua promessa: "I Will Return"!!!





OBS: A leitora @mini_maah fez uma indicação legal, a banda não tocou nenhum som do penúltimo disco "Everblack".

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

(Disco) MUTE - Remember Death

    No dia 14 de Outubro foi lançado o tão aguardado novo álbum dos canadenses do MUTE, "Remember Death" é o título do trabalho e ele foi comentado em primeira mão aqui no blog em uma entrevista concedida pela banda no final do ano passado, e publicada no começo desse ano, se você não leu confira aqui.
    O potencial instrumental do MUTE nunca pode ser desafiado, a banda é uma verdadeira orquestra do hardcore, nada deixa a desejar, batera, baixo, guitas e vocais a banda é realmente foda e merece todo o respeito que conquistou, mas vamos falar do álbum.
   O álbum começa de forma contundente, como sempre foi, e com melodias diferentes dessa vez, a forma de cantar e Étienne mudou ligeiramente e ai eu vejo uma evolução positiva, ousar mais no vocal é algo que acrescenta muito no som da banda, apesar de entender as limitações de cantar e tocar bateria a primeira música "Resistance" tem uma linha de vocal muito boa, além de instrumental monstruoso. Para mim o disco continua pesado na segunda faixa "Fill the Void" que já veio com clipe, a letra da música fala de nossos amigos e entes queridos que já partiram e afirma que devemos preencher o vazio deixado por aqueles que partiram (como sugere o título) e compartilhar a tristeza pois assim a miséria de cada um sera dosada, talvez uma mensagem muito pesada para uma banda de hardcore, mas se pensarmos bem os caras já não são adolescente e seus trabalhos estão refletindo problemas pessoais de cada um, quando no fim da letra é citado o dia 2 de Novembro provavelmente remetendo a partir de alguém importante para um dos membros. Gostei muito dessa abordagem!



 A partir da música de número três "The Dagger" passando por "Best Fights" e "A Love Affair with Fair" tem uma pegada menos rápida, seja em refrões ou pontes, mas dá uma desacelerada no ritmo ou talvez sejam os backing vocals mais agudos que me trazem essa impressão de baladinha. Com o som "Allies" a banda volta a botar para correr novamente ousando nos vocais e com êxito na tarefa. Com a canção "A Mirage of Safety" voltam os backings agudos novamente eu sinto que perde um pouco o peso, apesar de um riff de guitarra pesadissimo. "Dead White Desert Route" também vem com uma pegada mais balada, até mais do que as anteriores, mas então "Black Heart" já entra com dois pés no peito, hardcore do jeito que gostamos! Correria do inicio ao fim o disco se mantém entre acelerar ao extremo e tirar o pé um pouquinho para em seguida voltar com tudo, muito bem bolado a ordem das músicas assim o disco nem começa morto ou termina morto, mas segue uma constante de subida e descida. "Santa Muerte" quebra o ritmo da anterior começando um pouco mais lenta, estão se preparando para o grande finalle, em seguida temos "Walking on a Thin Line" que com backings agudos novamente traz uma parte instrumental muito bem bolada perto do final da canção acabando com um fade e a entrada de um quarteto de cordas e tambos sinfônico, como um funeral, ou melhor, como um réquiem.
Um disco completo, como eu disse no começo, MUTE não decepciona, de longe as mais rápidas são as que mais de agradam, destaco as duas primeiras "Resistance", "Fill the Void" em seguida "Allies" e por fim "Black Heart", claro que essas foram as primeiras impressões do álbum, mas faça melhor que isso e escute o mesmo e tire suas próprias conclusões. Ele está disponível no bancamp da banda neste link. Além disso há um "documentário" ou algo assim no youtube oficial da banda de toda a produção do disco, infelizmente está em francês com legendas em inglês, mas aquele velho papo né? Quem quer se vira.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

(Filme) Joe Strummer: The future is unwritten

Joe Strummer é sem dúvidas um símbolo da música com mensagem e qualidade, um dos lideres do "The Clash" Strummer foi uma alma que nunca se calou. O documentário faz jus ao seu documentado, mostrando depoimentos de amigos, músicos e outros membros do Clash "The future is unwritten" é um relato de toda a trajetória de um jovem que tinha uma ótica muito singular.

Strummer nasceu na verdade Joe Graham Mellor em uma família minimamente abastada, seu pai de origem indiana conseguiu se naturalizar inglês algum tempo antes do nascimento do pequeno Joe, o Sr. Mellor trabalhava como diplomata e representante inglês em outros países, assim sendo Joe (que nasceu na Turquia) e seu irmão David passaram a infância entre diversos países, dentre eles: Turquia, México, Egito e Inglaterra. Uma infância preso em colégios internos só fez com que Strummer cada vez mais moldasse sua personalidade forte e sobrevivente, enquanto o jovem Mellor tendia a liberdade e ao libertário seu irmão se retraiu para lados mais obscuros e éticas retrogradas nacionalistas, mas nem isso conteve o jovem David e em 1970 o mesmo cometeu suicídio.

Strummer começou a cursar artes visuais e a partir dai teve seu primeiro contato com a música, aprendeu a tocar alguns acordes e desses acordes recebia moedas nas ruas para sustentar a si mesmo e os amigos em um Squat que montaram em Londres, era um típico hippie/punk (antes mesmo dessa palavra existir). Quando os Sex Pistols Surgiram Strummer tinha uma banda de skif e depois de algumas apresentações consistentes foi convidado a conhecer alguns caras que estavam a fim de fazer um som, e lá foi ele conhecer Mick Jones e Paul Simon, ali nascia o Clash.

Depois de anos de sucesso e discos icônicos o Clash sem dúvidas entrou para o panteão das grandes bandas, cada disco do grupo cheio de mensagens e misturas de ritmos faziam com que cada vez mais a banda se firmasse no cenário mundial.


Com o fim do Clash Joe participou de outros projetos musicais como trilhas sonoras, bandas e apoio entre outras, mas seu melhor trabalho sem dúvidas foi com a banda "Joe Strummer and The Mescaleros" onde o mesmo continuou a mostrar um pouco mais de sua ótica singular.


Strummer morreu aos 50 anos em 2002 deixando um vazio imenso para os, que assim como eu, são fãs do "The Clash", mas foi um bravo soldado e com certeza marcou a vida e a personalidade de muitas pessoas por todo mundo. Se você nunca ouviu The Clash está uns 30 anos atrasado, mas ainda há tempo, corra e descubra todo o poder do Punk Rock londrino, se você já ouviu sabe do que eu estou falando... Enfim, Joe Strummer: The Future is Unwritten é um filme, um filme não, uma obra prima para celebrar a vida de um homem que acima de tudo não se calou e vale cada um dos seus minutos.




sábado, 8 de outubro de 2016

(EP/Single) Overseas - Hardship/Marathons

Hardships(2014):

Overseas é uma banda de hardcore melódico da Costa Rica, os caras passaram pelo Brasil no ano passado com uma tour por diversas cidades e abrindo o show dos americanos Title Fight em São Paulo, e foi ai que eu os conheci.
    Hardship é um EP lançado em 2014 pela banda, são 6 canções e o disco pode ser baixado gratuitamente no bandcamp da banda.
   
A banda tem um instrumental excelente e as gravações são de alta qualidade. O vocal é bom e por vezes gritado, as letras são todas em inglês e no geral falam de problemas pessoais e relacionamento. Agora falando das faixas, a primeira faixa “Blue” é umas das minhas prediletas, um som agradável e cantante que dá o tom do álbum. “Hardship” tem uma letra muito interessante e um instrumental ótimo também, gosto muito de alguns arranjos na bateria (porque será? Haha), tem uma parada que rola em um bridge da canção que quando eu ouvi no show eu já pensei “Tenho que baixar esse som”. As canções “Lecture” e “Walk Alone” tem uma pegada de baladinha com alguns momentos de peso considerável. “35” é um hardcore lento e agradável, enquanto “Closure” é uma música lenta de fato.

Marathons (2016):

     Eu não sei se esse seria um EP ou um single com um lado B, creio que a segunda opção. Na tour do Brasil em 2015 a banda já tocava a música Marathons e já era incrível, agora com uma gravação de estúdio o resultado ficou tão bom, ou talvez até melhor. A canção é uma das melhores da banda, na minha humilde opinião. Uma letra legal e um ritmo entusiasmado, com arranjos interessantes, e após essa gravação foi adicionado alguns coros e backing vocals legais.
     O lado B vem com a canção “Permanent Roam” que é completamente nova para mim, é uma baladinha que começa bem lentamente, com dedilhados já característicos da banda. A música segue a linha tendo alguns picos de animo com um vocal mais rasgado de tempos em tempos.

Um EP e um Single de qualidade compositiva e de gravação, vale a pena escutar e prestar atenção, se você assim como eu não conhecia Overseas não perca tempo e entre nos canais da banda.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

(Quadrinhos) R.D.P. Comix - Marcatti

       
      Se você gosta de Ratos de Porão então você com certeza já conhece o Marcatti, o artista por trás das capas dos discos “Brasil” e “Anarkophobia”. Além de produzir essas artes é um dos quadrinistas underground mais respeitado do país, além de seu traço característico e roteiros escatológicos, o autor/quadrinista ainda faz um trabalho fenomenal imprimindo todas suas edições em sua casa, e todo o acabamento das mesmas.

    Criador de personagens como Frauzio além de uma infinidade de álbum e hqs, era só questão de tempo até acontecer um encontro entre o Ratos e o artista. Assim foi, e assim nasceram as já citadas capas de discos e então decidiram ir além disso, em 92 Gordo e Marcatti se reuniram para bolar uma HQ do Ratos, ai nasci a R.D.P. Comix.
  Lançada em 92 com 3 mil cópias a revista esgotou em 2 meses sendo hoje motivo de disputa entre colecionadores e fãs da banda, assim decidiram relançar a mesma e agora nós, reles mortais teremos contato com esse material inusitado, e eu diria inédito.


  A revista tem um acabamento muito bom, impressão de qualidade, Marcatti não dá ponto sem nó, seu trabalho é completo sempre. Na edição de número 1 temos 3 estórias, a primeira sobre a música “Vídeo Macumba” (uma das minhas prediletas da banda). A segunda sobre uma banda que se “vende” e a terceira sobre carecas. Estórias simples, com desenhos incríveis e nojeiras de montão, um ótimo material para quem curte quadrinhos e um bom punk rock. Caso você tenha interesse procure Marcatti em seu site, ou melhor ainda, procure-o em uma feira de quadrinhos, aproveite para trocar uma idéia e pegar outros materiais do artista. Se eu indico? É claro que eu indico, nada melhor do que um produto puramente independente em nossas mãos!

terça-feira, 4 de outubro de 2016

(Entrevista) Maguila (Santos - SP)

Nova entrevista no ar, dessa vez com a banda Maguila da baixada santista, os caras estão parados no momento, mas vai que com essa entrevista eles se animam pra voltar não é?
Folha Alternativa: A primeira pergunta é a mais clichê, mas acho importante saber, como começou o Maguila? De onde vocês saíram? E porque montaram a banda?
Maguila: Cara, primeiramente satisfação total fazer essa entrevista e falar um pouco da Maguila!. e claro deixar um salve pra cena de Carapicuíba.
Mano, a Maguila! é das praias podres de Santos e começou se não me engano em alguma aventura por algum boteco aqui da região com cinco idiotas/amigos que iam em shows de hardcore aqui em Santos ou na capital se não me engano há uns 10 anos atrás. o intuito era de fazer um barulho tosco e falando muita, mais muita merda do que a gente entendia da vida sendo falando de nossos amigos ou da vida e com o intuito maior de tentar tomar uns gelol na faixa( que infelizmente só aconteceu uma vez em SP hahahahahahahahahaha de resto pagamos ou vendemos os merchs no role que tocamos para beber gelol). é! se pa era mais FOR FUN do que outra coisa. apesar de achar o termo for fun uma merda e saber que o motivo da minha banda era ser forfun, mas esse forfun foi maneirasso. hahahahahahahahahhaha
F.A.: Uma coisa que eu acho muito louca no som de vocês é a mistura de piadas com coisas reais, muitas vezes apenas nas letras como na música “Maguila x Chuck Norris” que apesar de ter um tom de humor é uma paulada. Já “Cachimbrema” tem a piada e além disso o som é misturado, entra um brega e já mistura num grind. Como funciona a criação? Vocês se reúnem e vão testando, ou alguém já chega com uma ideia?
Maguila: hahahahahahahaha cara, eu gosto pra caralho dessas duas faixas… Maquila! x Chuck Norris é uma porrada fodida mesmo, escrevemos essa parada na época que um pessoal ficava pagando pau pro Chuck Norris e ficamos meio que encucados, nisso escrevemos esse puro deboche falando que o Maquila era mil vezes melhor que o Chuck e vamos concordar que é verdade hahahaha. ma já me perguntaram se era por causa da banda Chuck Norris e é claro que não. eu gosto muito dessa banda e com certeza pra mim foi uma grande influencia e se vc leitor não escutou vá escutar não perca seu tempo. nem escute Maquila! escute Chuck Norris pq é FOOOODAAAAAAAAAAAAAA


(Indicação dos caras....escutem!)
Caximbrema é som que eu dou risada pela letra e pela história. em um role na casa de um dos amigos e ex integrantes da banda regada com muito gelol e cachaça um de nossos amigos idiota fala que a vida é cheia de caximbrema e nisso tivemos a ideia ali mesmo de fazer uma música homenageando a localidade com aquele ritimo falando sobre caximbrema, se vc não sabe oq é Caximbrema escuta a música que vc vai entender. a parte “musical” foi feita pelo Caio Fake que tem uma produtora Cabeção Music, fizemos tudo lá desde produção até a gravina dos sons. quem quiser dar uma olhada no trampo do cara Cabeção Music ta ai o maluco é ziquizira das produça.
F.A.: Conheci vocês em 2012 com o webclipe “Santos Cheio de Zica e Mina Dengosa com DST” que era uma sátira de “Vem comigo você” do Marcelo Totti. Então concluo que vocês conseguem pegar uma música bem bosta e deixar muito loca hahaha, posso mandar todo um playlist para ser adaptado pela banda? Brincadeiras a parte, essa versão (que ficou muito foda) rendeu bastante visibilidade para vocês?
Maguila: Marcelo Totti é foda! o legal é que ele gostou da música e ele só não apareceu no clipe pq não deu tempo de ele chegar hahahahahaha cara, tinha umas pessoas que gostavam e outras meio que não gostavam… hahahahahahahahahahaha. na real a gente fez esse som do nada os caras chegaram pra mim e falaram: “se liga tu só vai gravar isso ai ó” eu rachei o bico e perguntei se era sério… eles me convenceram me comprando por gelol e eu acabei gravando… mas sei lá fizemos na intensão de tirar uma onda e foda-se. e claro eu dei muita risada.
F.A.: Ainda no tema clipe vocês têm o da música “Minha Família” do EP “Um Cruzado na Orelha”. É um clipe muito bom, uma montagem legal e numa pegada rápida assim como a música, então a pergunta é, quem cuida da parte visual da banda? Capas, merch, clipes, vídeos, quem faz esse corre?
Maguila: Eu trampo com Web/design faz um tempo e sempre me amarrei em capas de discos e ai as ideias das capas e merch eram sempre minhas e eu sempre passava para um amigo meu que é ilustrador o Sérgio Duarte que fez os desenhos dos cds e camisetas. o cara é fodastico. os clipes e videos foram amigos que faziam tbm o clipe da minha família foi o Mundocão que fez, e o clipe de Santos Cidade Zica foi uma amiga nossa Carla Soares. mas as ideias sempre foram nossas e os caras que gravam lapidavão a merda pra melhor hahahahahahahaha
F.A.: Ao entrar em contato para essa entrevista fui informado que vocês estão parados, eu não sabia dessa notícia, sou da grande São Paulo e o pouco que tenho contato com bandas da baixada é através de vídeos e páginas. É um hiato ou um fim?
Maguila: Estamos parados… acho que não acabamos… é só um tempo… ou acabamos não sei… hahahahahahahahha vou deixar essa dúvida no ar… será que vai vir coisa nova por ai, será que vem som novo…clipe???? hmmmm deixo essa para vcs refletirem um pouco mais e tirarem suas próprias conclusões. hahahahahahahahahahahaha Faço um convite para vc e para o pessoal de Carapuiba para chegarem junto e compartilhar de grandes roles feitos por coletivos de verdade aqui de Santos e claro tomar um gelol e se vc não beber chega na água ou no suco que é nóis. é só chegar que serão bem-vindos.

F.A.:Gostaria de agradecer a banda por responder as perguntas para o blog. Valeu, abraço!
Maguila: Agradeço vcs ai por darem espaço para uma banda que está parada porém que fez grandes roles por ai fazendo muita merda e tomando gelol estrado a fora. Salve para a cena de Carapiuiba e um grande salve para o Folha Alternativa. Por último: FORA TEMER, FORA BOLSONARO FASCISTA! É nóis! Valeu! Quem quiser conhecer mais o som dos caras sigam:
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terça-feira, 27 de setembro de 2016

(Profile) Folly


Hoje vou começar uma parada nova por aqui, uma sessão chamada "Profile" onde vou falar de bandas que muito provavelmente já acabaram e que eu gosto muito.

A primeira vez que eu ouvi a Folly foi lá em 2005 vi o clipe de “Broken” ainda de uma demo deles, isso foi um ano depois do lançamento do disco “Insanity Later” e de cara já fiquei curioso para escutar mais o som dos caras.


(Dê um play antes de começar a ler e leia ao som dos caras)

Bom então vamos a história:


Da cidade de Sussex, New Jersey o Folly iniciou suas atividades em 1997, começou na época da escola, numa pegada ska, punk, metal, um verdadeiro mix de influências. Levou um tempo até ter uma formação precisa, mas em 98 conseguiram gravar um primeiro disco demo intitulado apenas como “’98 Demo”, um ano depois lançaram um novo demo intitulado “‘99 Demo”, infelizmente eu nunca consegui encontrar esse material e acreditem eu procurei muito (caso você tenha por favor me envie) essas demos eram feitas em casa com tape deck e distribuídas em shows apenas na região de New Jersey e imediações.
Em 2001 já estavam com um estilo mais definido e gravaram o EP “For My Friends” que foi lançado pelo selo “New World Records” e após esse EP alugaram uma van e tentaram fazer uma tour agendando seus shows com “Face First”, grande parte dessa tour eles tocaram para quase ninguém ou até mesmo para ninguém, mas serviu para que crescessem como banda.
Em 2002 gravaram um novo demo intitulado apenas como “´02 Demo” com apenas 3 músicas, esse demo foi produzido por Sal Vilanueva (Taking Back Sunday, Thursday) no estúdio Big Blue Meenie e após esses sons conseguiram uma tour com Converge, The Survivors e A Life Once Lost, nessa tour eles fecharam com Fred Feldman, dono da Triple Crown Records.
Em 2003 gravam o disco “Insanity Later” que foi lançado em 2004 pela Triple Crown Records, e ai mudaram completamente a cara da banda, apesar do disco trazer elementos que já estavam presente, nesse disco o estilo é muito mais hardcore, misturando com ska e breakdowns impactantes. Aliado a tudo isso temos os vocais de Jon Tumillo que parecem mais malucos do que nunca, ele sai de guturais extremos para vocais melódicos com uma vozinha esganiçada que para mim era coisa de outro planeta. O disco trouxe músicas que falavam da educação (Discussion is for the Pigs) quanto a cena do punk/hardcore (Please Don't Shoot the Piano Player...) por ser bem diferente foi ignorado por muitos que não entenderam a pegada, e exaltado por outros que sacaram que aquilo ali era bem único.
Os integrantes definem o nome da seguinte forma: “Folly é exatamente o que nós somos, não apenas um bando de idiotas tocando ridiculamente e explorando gêneros musicais, mas pessoas que estão constantemente chutando para baixo e sorrindo com deboche contra as adversidade do mainstream”
Então em 2006 lançaram o disco “Resist Convenience” que mostra aquele mesmo “Folly” agressivo e rápido pulando do extremo hardcore para o ska e de lá para um breakdown como só eles podiam fazer. O disco é completo, não tem como ouvir e pular uma única música que seja. Me lembro de ir para o colégio todos os dias escutando esse disco, meu MP3 na época tinha apenas 128MB, então cabia apenas as 11 músicas do disco, ida e volta do colégio ouvindo “Folly”. Nesse disco tratam de temas como a homogeneização da cultura (Brooks was Here), o “Underground Fashion” (Bonfire of the Manatees) e vicio em drogas (We Still Believe...).
 Tocaram em 48 estados, com bandas como Senses Fail, Moneen, The Beautiful Mistake, Paulson, We're All Broken, My Bitter End, Anterrabae, The Banner, Underminded, One Dead Three Wounded, The Break, Look What I Did, Drop Dead Gorgeous, Blind Luck Music, The Human Abstract, The Forecast, The Static Age, Converge, Dillinger Escape Plan, Stretch Arm Strong, Catch 22, Big D and The Kids Table, Dragonforce, With Honor, e muito mais. Participaram de festivais como Hellfest (NJ, 2004), Skate and Surf Fest (NJ, 2003–2005), New England Hardcore, Metal Fest (MA, 2005–2006), Saints e Sinners Fest (NJ, 2006).
Em 2008 lançaram o ultimo trabalho “These are the Names of the Places We Broke Down” um EP com 8 músicas que foi lançado apenas de forma digital. Cada música tem o nome de uma cidade com o estado onde eles tocaram, a última música “Sussex – New Jersey” é a mistura de “The Morning Song” e “Please Don't Shoot the Piano Player” (músicas de abertura do disco “Insanity Later”) toda tocada no piano, e Sussex é a cidade natal dos caras.
Em 2008 a banda anunciou seu fim, fez uma sequencias de shows de despedida em New Jersey. Em 2011 fizeram alguns shows de comemoração apenas para alguns fãs, família e amigos. Em 2014 fizeram mais um show e desde então nenhuma noticia de reunião ou novos lançamentos, cada um entrou em novos projetos musicais e bandas. O vocalista Jon Tummillo hoje é professor de inglês na Union High School (os alunos nem devem imaginar que professor da hora eles tem).

Folly era: Arben Colaku no baixo, Agim Colaku e Geoff Towle nas guitarras, Anthony Wille na bateria e Jon Tummillo nos vocais. A banda lançou ao todo 3 demos, 2 Eps e 2 Discos sendo:
    - ’98 Demo (1998)
                - ’99 Demo (1999)
                - For My Friends EP (2001)
                - ’02 Demo (2002)
                - Insanity Later (2004)
                - Resist Convenience (2006)
                - These Are The Names of Places We Broke Down In: EP (2008)


      (Reunion em 2011)

Para ouvir os sons da banda: NJPP Archives
Fonte de pesquisa: Wikipedia
Fotos roubadas do Google
Texto por: Wallace Nunes