sexta-feira, 30 de outubro de 2015

(Entrevista) - Total Silence (Duque de Caxias - RJ)

Hoje vamos inaugurar as entrevistas aqui no blog (futuramente na versão impressa tbm).
A primeira entrevista do Folha Alternativa foi com o Guile que é o one man band "Total Silence" de Caxias do Sul - RJ. Confiram as respostas e os links da banda:



Folha Alternativa: E ai Guile beleza? Queria que você contasse um pouco do projeto “Total Silence” como funciona e o que te levou a fazer uma banda de d-beat/raw punk.

Guile- E ai mano, por aqui tudo bem! Primeiramente gostaria de te agradecer pelo espaço cedido aqui no blog, valeu mesmo.

Então, a TOTAL SILENCE surgiu logo apos eu parar com um antigo projeto que eu tinha, começou em Março de 2012 com um amigo aqui da área fazendo uns ensaios e eu na guitarra e voz. Ao longo do ano de 2012 e metade de 2013 eu fui testando outros line-ups pra ver se dava certo manter como uma banda normal que ensaia e sempre toca, mas acabou que eu fui desanimando e resolvi continuar o trampo sozinho mesmo. 

O que me levou a montar uma banda nesse estilo é o tipo de sonoridade, temática e a estética que é uma coisa que eu realmente curto escrever e tocar.

Temáticas abordando a maldição da guerra e todo o mau que ela traz, o homem criando a sua aniquilação com a destruição do planeta.

FA: Apesar de o “Total Silence” ter um estilo bem definido no som, nas letras e na estética eu vejo suas postagens e sei que você curte outras paradas também, quais suas principais influencias?


Guile- Sim, eu curto bastante sonoridades diferentes então no meu dia a dia eu ouço bastante coisas variadas, eu sou realmente um viciado em música (ahaha), mas as influências pro som que eu faço com o TOTAL SILENCE são basicamente essas:

DISCHARGE/ANTI-SECT/ANTI-CIMEX/UTGARD TROLLS/BESTHÖVEN/
DISASTER/CRUCIFIX/MASSKONTROLL/NAUSEA/CRUDE SS/SHITLICKERS/
DISCHANGE/DISCARD/CRUDITY/MOB 47 e etc...

FA: No blog do Total Silence tem a descrição que a banda é de um homem só, ou seja você que faz tudo, letras, músicas, grava guitas e bateras e lança tudo sozinho. Mas já vi fotos de shows, como você faz nesse caso? Tem alguém certo já preparado para tocar o set list?


Guile- Realmente a banda funciona como uma one man band, desde julho de 2013 quando resolvi levar o trampo sozinho. Nesse esquema eu ganhei mais agilidade pra poder gravar tudo.

É até engraçado essa parte dos shows porque nunca tem um line-up fixo, se você der uma olhada nas fotos dos shows sempre vai variar as pessoas que estão me ajudando. Aqui no RJ o Raul (da Adrift) por estar mais próximo de mim sempre faz esse corre comigo, hoje em dia ele normalmente faz a bateria ao vivo, mas ele já fez de tudo na banda e é uma pessoa bem importante até hoje, ele que me ensinou a fazer as gravações, me ensinou a programar as baterias, saca?

Outra pessoa que sempre me dá uma grande ajuda é o Somalha (do Final Trágico) um amigo que tenho em Ouro Preto, e ele sempre se disponibiliza a me ajudar também fazendo as baterias ao vivo, acho que ele foi quem mais tocou ao vivo comigo até hoje, fizemos uma mini-tour em SP pra divulgar a demo WAR GRAVES, e nesses shows da mini-tour de 2014 quem fez o baixo e organizou as datas foi um outro amigo meu o Diego (do Atos de Vingança).

FA: Vejo que você participa de diversas coletâneas nacionais e gringas, você poderia listar os lançamentos da banda? E também como que alguém pode conseguir um material físico (disco, cd, tape, adesivo, buttom ou camiseta)?


Guile- Vou listar abaixo os lançamentos que já saíram e os que estão próximos de sair. Quem tiver interesse em algum material da banda pode escrever no meu perfil pessoal, no e-mail da banda totalsilence.punk@gmail.com ou pela pagina da banda também.

DISCOGRAFIA

Formato Físico:
2013. WAR GRAVES [CD-R] by Decapitated Recs.
2014. V/A - Cacos de Vidros Vol. 2 [CD-R] by G-Beat Produções.
2015. V/A - Another Nail In The Coffin! [TAPE] by Punk Vortex Recs.
2015. V/A - PogoHai Label Compilation Vol. 2 [TAPE] by PogoHai Recs.

Formato Digital:
2014. V/A - Freedom Punker Vol. 19 
2014. V/A - Dis Freedom Struggle Continues Part 3
2015. V/A - Mania For Conquest Vol. 5 

Em Breve:
2015. Mass Death & Sorrow [12" LP] by Decapitated Recs.
2015. Mass Death & Sorrow [K7/CD] by PogoHai Recs.
2015/6. Split w/ Brafcharge [7" EP] by PogoHai Recs.
2016. 3 Away "TOTAL VINGANÇA TRÁGICA" [CD-R PRO] by No War Recs.
2016. V/A - D-beat Hasta Que Te Sangren Los Oidos [CD-R PRO] by Ke Ardan.

FA: Essa é uma informação que eu sempre tento descobrir das bandas, quem faz as artes? Capas, e até layout de página, você mesmo ou alguém te ajuda?


Guile- Atualmente quem  fez o layout para a página foi meu amigo Mingau (do Death From Above), ele criou esse novo layout pra fazer os adesivos. Então aproveitei pra usar na pagina e inclui a arte THE SCREAMS FROM HELL como capa do split 7" EP com o Brafcharge, esse lançamento vai estar disponível na Alemanha pela PogoHai Recs em breve.


O logo novo com o nome da banda quem desenhou foi o Murilo Pommer (do Cadáver Em Transe), ele também criou a capa pro novo disco que está pra sair agora entre dezembro e janeiro, intitulado de Mass Death & Sorrow. Aqui eu vou estar lançando em vinil 12" LP pelo meu selo Decapitated Recs e na Alemanha ele vai estar saindo em dois formatos K7 e CD pela PogoHai Recs.

Eu tenho um projeto pronto pra um novo disco aqui pra ser lançado em 7" EP intitulado de Noise Punk Bombardment, que a arte da capa foi criada pelo Jeferson Pizone (do Helvetin Viemärit), mas esse projeto infelizmente deve ficar pra metade de 2016 mais ou menos.

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Gostaria de agradecer a atenção, para mais informações visitem os links da banda:


https://www.facebook.com/totalsilencedbeat?pnref=lhc
http://totalsilencedbeat.blogspot.com.br/
https://totalsilence.bandcamp.com/

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

(Disco) Paura - Integrity Dept.

Paura é uma banda de São Paulo que está na estrada desde 1995,  a banda coleciona tours ao redor da Europa e américa do sul além de 4 álbuns completos, alguns splits e eps. Integrity Dept é um ep lançado em vinil 7 polegadas em diversas cores (o meu é amarelo), o disco saiu em 2012.
  
LADO A:
O disco começa com a música “Bull Control” esse som começa com uma levada meio hardcore new york, mas no meio começa o hardcore de verdade e aí o bicho pega, só de ouvir já imagino o circle pit. As letras do Paura são de cunho político e social a maioria das vezes, e não será dessa vez que eles vão mudar, ou seja, a canção tem voz ativa (assim como todas as outras). A segunda música é “Discharge the Man” e a banda repete eo feito da abertura, o ep contínua na mesma linha, contundente, político, ativo! Gosto muito muito de alguns breakdowns dessa música – “You adapt, you survive, you overcome”.

LADO B:

Esse é o meu lado preferido do disco, sem dúvidas, começa com “Integrity Department” que já entra com um repique nervoso de caixa e um hardcore marcado do tipo que te faz se jogar de cabeça em um stage diving, a música tem uma pausa e um Breakdown nervoso entra, lembrando que esse disco foi gravado pelo baterista Fernando Schaefer que enfia a mão na batera sem dó. A letra é fenomenal também – “Commitment is not for sale”. O disco fecha com chave de ouro e a música “Worthless Progress” que para mim é a melhor música do disco, se você não tem mania de procurar as letras das bandas procure a letra dessa música. Além de uma letra fodida essa música é contundente e consegue misturar tudo que tem de bom, hardcore, riffs pesados, breakdowns, politica. Simplesmente animal, Paura sendo Paura.

Texto por: Wallace Nunes

sábado, 24 de outubro de 2015

(Álbum) – One Minute Less - Mute the Minute

A banda é lá de Piracicaba no interior de São Paulo e tem um hardcore melódico de responsa. Conheci os caras no ano de 2014 quando abriram p show da banda canadense "Mute" em São Paulo, quem chegasse cedo com 5kg de alimento teria um meet and greet com os gringos e ganharia o Cd do "One Minute Less", vamos conhecer o material então:
O som dos caras e caprichado, bem gravado e um vocal agudo e limpo. As letras são em inglês, mas o CD vem com encarte, assim dá pra ler e sacar o que tá rolando nas tracks. 

O disco começa com a intro "Meg Ryan" só no violão e voz quando acontece a emenda na canção "Before the say" um hardcore correria que quando rola o som do pedal do bumbo estoura no peito e faz você querer correr. Uma música bem feita com repiques nervosos de batera e solo de guita, além disso tem uma caída., um dedilhado, enfim uma ótima abertura.

A terceira e quarta música mostram pq a banda é hardcore melódico mesmo, o vocal Alan bota a garganta em prova com agudos nervosos. 

Gosto da base da canção "Among the living" no início tem uma base de guita aguda e emenda em um two hands mto bom, um som trampado que dá gosto de ouvir.

"Out reflection" é um hardcore mais pesado e o disco acaba com o som "Mute the Time" que dá nome ao álbum. Enfim um cd curtinho mas que é ótimo de ouvir, por sorte já vi os caras ao vivo e confirmo que vale a pena.

Texto por: Wallace Nunes

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

(Livro) – A Aventura do Cinema Gaúcho

Um dia andando pela Fnac Pinheiros, sem muito dinheiro no bolso parei naquele box que tinha escrito em letras garrafais “Promoção” e lá encontrei esse pequeno livro (pequeno por seu formato e número de páginas, apenas 104) que me custou R$5,00. Comprei pelo título “A aventura do cinema gaúcho” cinema nacional é um tema que sempre me atrai, pois bem, depois de alguns anos finalmente li o livro (sim, tenho essa mania de comprar e ler anos depois) e uma grande surpresa me aguardava, o livro narra os filmes e toda a caminhada do cinema no Rio Grande do Sul, desde os super 8 até as grandes produções, tendo como expoente “O Homem que Copiava” e “A Ilha das Flores”. Um livro recheado de histórias e relatos sobre o underground do cinema nacional, vale muito a pena para fãs de cinema.

(obs: O livro pode ser encontrado por R$5,00 na página da editora: http://www.edunisinos.com.br/lstDetalhaProduto.aspx?pid=28)


Texto por: Wallace Nunes

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

(Filme) – Prezado Sr.Waterson

Esse documentário é um deleite para os fãs de quadrinhos assim como eu. O diretor Joel Allen
Schroeder relata algo que talvez muitos dos fãs de Calvin e Haroldo veja semelhança, Joel não se lembra exatamente qual foi a primeira tira que leu, mas se lembra que gostou assim que leu e nunca mais parou. O documentário explora a longevidade da tira mesmo após o seu fim, como pode um quadrinho se manter atual e incrível após décadas de seu fim? Com relatos de fãs de Calvin e quadrinistas atuais e contemporâneos a Bill Waterson (criador e desenhista de Calvin).

Para os fãs elas têm um sentido bem emotivo, pois a maioria se via na pele do pirralhinho bocudo e encrenqueiro. Para os quadrinistas da atualidade é como um exemplo a ser seguido, Calvin é um quadrinho com mensagem e traço impecáveis. Já para os contemporâneos de Waterson, ele era um cara diferenciado que criou um trabalho original e nunca o vendeu, pois o autor não aceitou que fossem lançados produtos, assim sempre terá a essência do que um dia foi. O filme em nenhum momento vai atras do próprio autor, pois o mesmo é bem reservado e o diretor respeita isso, mas ele caça por materiais na cidade natal do mesmo e descobre uma infinidade de tiras originais, lugares que foram desenhados no quadrinho e tiras anteriores a Calvin que já demonstram a genialidade de Waterson.

São 90 minutos que passam como 9, volto a repetir, para os fãs de quadrinho um documentário fundamental. Lançado em 2013, o filme foi selecionado para diversos festivais de documentários, principalmente nos Estados Unidos e recebe nota 6,3 de 10 no IMDB.




Texto por: Wallace Nunes