Esse documentário é um deleite para os fãs de quadrinhos
assim como eu. O diretor Joel Allen
Schroeder relata algo que talvez muitos dos
fãs de Calvin e Haroldo veja semelhança, Joel não se lembra exatamente qual foi
a primeira tira que leu, mas se lembra que gostou assim que leu e nunca mais
parou. O documentário explora a longevidade da tira mesmo após o seu fim, como
pode um quadrinho se manter atual e incrível após décadas de seu fim? Com
relatos de fãs de Calvin e quadrinistas atuais e contemporâneos a Bill Waterson
(criador e desenhista de Calvin).
Para os fãs elas têm um sentido bem emotivo, pois a maioria
se via na pele do pirralhinho bocudo e encrenqueiro. Para os quadrinistas da
atualidade é como um exemplo a ser seguido, Calvin é um quadrinho com mensagem
e traço impecáveis. Já para os contemporâneos de Waterson, ele era um cara
diferenciado que criou um trabalho original e nunca o vendeu, pois o autor não
aceitou que fossem lançados produtos, assim sempre terá a essência do que um
dia foi. O filme em nenhum momento vai atras do próprio autor, pois o mesmo é
bem reservado e o diretor respeita isso, mas ele caça por materiais na cidade
natal do mesmo e descobre uma infinidade de tiras originais, lugares que foram
desenhados no quadrinho e tiras anteriores a Calvin que já demonstram a
genialidade de Waterson.
São 90 minutos que passam como 9, volto a repetir, para os
fãs de quadrinho um documentário fundamental. Lançado em 2013, o filme foi
selecionado para diversos festivais de documentários, principalmente nos
Estados Unidos e recebe nota 6,3 de 10 no IMDB.
Texto por: Wallace Nunes
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