terça-feira, 27 de setembro de 2016

(Profile) Folly


Hoje vou começar uma parada nova por aqui, uma sessão chamada "Profile" onde vou falar de bandas que muito provavelmente já acabaram e que eu gosto muito.

A primeira vez que eu ouvi a Folly foi lá em 2005 vi o clipe de “Broken” ainda de uma demo deles, isso foi um ano depois do lançamento do disco “Insanity Later” e de cara já fiquei curioso para escutar mais o som dos caras.


(Dê um play antes de começar a ler e leia ao som dos caras)

Bom então vamos a história:


Da cidade de Sussex, New Jersey o Folly iniciou suas atividades em 1997, começou na época da escola, numa pegada ska, punk, metal, um verdadeiro mix de influências. Levou um tempo até ter uma formação precisa, mas em 98 conseguiram gravar um primeiro disco demo intitulado apenas como “’98 Demo”, um ano depois lançaram um novo demo intitulado “‘99 Demo”, infelizmente eu nunca consegui encontrar esse material e acreditem eu procurei muito (caso você tenha por favor me envie) essas demos eram feitas em casa com tape deck e distribuídas em shows apenas na região de New Jersey e imediações.
Em 2001 já estavam com um estilo mais definido e gravaram o EP “For My Friends” que foi lançado pelo selo “New World Records” e após esse EP alugaram uma van e tentaram fazer uma tour agendando seus shows com “Face First”, grande parte dessa tour eles tocaram para quase ninguém ou até mesmo para ninguém, mas serviu para que crescessem como banda.
Em 2002 gravaram um novo demo intitulado apenas como “´02 Demo” com apenas 3 músicas, esse demo foi produzido por Sal Vilanueva (Taking Back Sunday, Thursday) no estúdio Big Blue Meenie e após esses sons conseguiram uma tour com Converge, The Survivors e A Life Once Lost, nessa tour eles fecharam com Fred Feldman, dono da Triple Crown Records.
Em 2003 gravam o disco “Insanity Later” que foi lançado em 2004 pela Triple Crown Records, e ai mudaram completamente a cara da banda, apesar do disco trazer elementos que já estavam presente, nesse disco o estilo é muito mais hardcore, misturando com ska e breakdowns impactantes. Aliado a tudo isso temos os vocais de Jon Tumillo que parecem mais malucos do que nunca, ele sai de guturais extremos para vocais melódicos com uma vozinha esganiçada que para mim era coisa de outro planeta. O disco trouxe músicas que falavam da educação (Discussion is for the Pigs) quanto a cena do punk/hardcore (Please Don't Shoot the Piano Player...) por ser bem diferente foi ignorado por muitos que não entenderam a pegada, e exaltado por outros que sacaram que aquilo ali era bem único.
Os integrantes definem o nome da seguinte forma: “Folly é exatamente o que nós somos, não apenas um bando de idiotas tocando ridiculamente e explorando gêneros musicais, mas pessoas que estão constantemente chutando para baixo e sorrindo com deboche contra as adversidade do mainstream”
Então em 2006 lançaram o disco “Resist Convenience” que mostra aquele mesmo “Folly” agressivo e rápido pulando do extremo hardcore para o ska e de lá para um breakdown como só eles podiam fazer. O disco é completo, não tem como ouvir e pular uma única música que seja. Me lembro de ir para o colégio todos os dias escutando esse disco, meu MP3 na época tinha apenas 128MB, então cabia apenas as 11 músicas do disco, ida e volta do colégio ouvindo “Folly”. Nesse disco tratam de temas como a homogeneização da cultura (Brooks was Here), o “Underground Fashion” (Bonfire of the Manatees) e vicio em drogas (We Still Believe...).
 Tocaram em 48 estados, com bandas como Senses Fail, Moneen, The Beautiful Mistake, Paulson, We're All Broken, My Bitter End, Anterrabae, The Banner, Underminded, One Dead Three Wounded, The Break, Look What I Did, Drop Dead Gorgeous, Blind Luck Music, The Human Abstract, The Forecast, The Static Age, Converge, Dillinger Escape Plan, Stretch Arm Strong, Catch 22, Big D and The Kids Table, Dragonforce, With Honor, e muito mais. Participaram de festivais como Hellfest (NJ, 2004), Skate and Surf Fest (NJ, 2003–2005), New England Hardcore, Metal Fest (MA, 2005–2006), Saints e Sinners Fest (NJ, 2006).
Em 2008 lançaram o ultimo trabalho “These are the Names of the Places We Broke Down” um EP com 8 músicas que foi lançado apenas de forma digital. Cada música tem o nome de uma cidade com o estado onde eles tocaram, a última música “Sussex – New Jersey” é a mistura de “The Morning Song” e “Please Don't Shoot the Piano Player” (músicas de abertura do disco “Insanity Later”) toda tocada no piano, e Sussex é a cidade natal dos caras.
Em 2008 a banda anunciou seu fim, fez uma sequencias de shows de despedida em New Jersey. Em 2011 fizeram alguns shows de comemoração apenas para alguns fãs, família e amigos. Em 2014 fizeram mais um show e desde então nenhuma noticia de reunião ou novos lançamentos, cada um entrou em novos projetos musicais e bandas. O vocalista Jon Tummillo hoje é professor de inglês na Union High School (os alunos nem devem imaginar que professor da hora eles tem).

Folly era: Arben Colaku no baixo, Agim Colaku e Geoff Towle nas guitarras, Anthony Wille na bateria e Jon Tummillo nos vocais. A banda lançou ao todo 3 demos, 2 Eps e 2 Discos sendo:
    - ’98 Demo (1998)
                - ’99 Demo (1999)
                - For My Friends EP (2001)
                - ’02 Demo (2002)
                - Insanity Later (2004)
                - Resist Convenience (2006)
                - These Are The Names of Places We Broke Down In: EP (2008)


      (Reunion em 2011)

Para ouvir os sons da banda: NJPP Archives
Fonte de pesquisa: Wikipedia
Fotos roubadas do Google
Texto por: Wallace Nunes

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

(Filme) – Breaking Brazilian Bones in Europe Tour

    Eis que depois de anos eu ver esse DVD aqui em casa eu decidi assistir. O documentário conta a história das bandas "Merda" e "Leptospirose" que aconteceu no ano de 2007, seria só mais uma tour de duas bandas brasileiras em terras estrangeiras se não fosse interrompida por um acidente na Alemanha, acidente esse em que o vocalista e guitarrista do "Merda" Fabio Mozine quase ficou paraplégico.
    Apesar das noticias ruins e dos ossos quebrados da galera o documentário não se foca na tristeza não, do começo ao fim só se vê piadas e zoeiras dos caras, eles curtiram cada show que rolou na tour e os after gigs também. Curti muito a parte da Polônia onde um dos anfitriões exige que é a hora de tomar uma vodka, e o pobre câmera man já aparenta uma certa exaustão de bebida naquele ponto da noite. Além da visita em diversos squats pela Alemanha, incluindo o lendário Kopi e toda a estrutura ocupada do lugar.
    Um ótimo recorte da cena europeia e de como as coisas funcionam por lá, apesar de curtinho o documentário é muito bom de assistir, um ritmo legal e agradável. Se você curte um bom hardcore e não tá afim de polgar hoje, vale a pena assistir Breaking Brazilian Bones!

Fotos roubadas da internet.
Caso você queira comprar o DVD:
http://laja.minestore.com.br/produtos/dvd-breaking-brasilian-bones-in-europe

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

(Show) Ratos de Porão - 18/09/2016

Pois bem, nesse último domingo rolou um show bem interessante aqui na minha área (Carapicuíba - Grande São Paulo), segunda apresentação da banda Ratos de Porão na cidade, a primeira e única até então havia acontecido em 2005.

O show aconteceu em uma casa de show aqui da região que tem feito eventos muito interessantes, por lá já tocaram várias bandas como Test, Runing Like Lions entre outras. O espaço se chama "Simple Pub" e está bem localizado e fazendo eventos de respeito, eu espero sinceramente que se mantenha por anos e anos.

Vamos ao show, a banda está comemorando os 25 anos do disco "Anarkophobia" então no show rolou todos os sons desse clássico. O lugar era pequeno e havia menos de 200 pessoas, ou seja, foi quase um show particular do Ratos, gostei muito disso. Além dos sons do disco "Anarkophobia" ainda mandaram as famigeradas "Beber até Morrer", "Crocodila" e pra mim a melhor do show "Conflito Violento". Nem preciso falar da banda né? Boca destroi na batera, Juninho sempre preciso e Jão estraçalha as cordinhas da Les Paul.... Só o vocal que deixou a deseja, não pelo João Gordo, acho que por regulagens de equipamento. Enfim, um ótimo show para encontrar uma galera que eu não via fazia tempo e trocar algumas cotoveladas ao som de um bom crust punk rock.

 

Fotos roubadas do amigo Antonio Santos