sábado, 30 de abril de 2016

(Split) – Test/DER - O.T.O.M.A.N.O.S.

 Eis que me deparei com esse split muito louco chamado "O.T.O.M.A.N.O.S." você pode pensar que é um simples split de duas bandas tocando 2 sons cada mas estará redondamente enganado. "O.T.O.M.A.N.O.S." é um split onde as bandas "Test" e "DER" compartilham o mesmo baterista, Barata, e assim eles resolveram fazer algo bem experimental, os sons do álbum funcionam assim, no canal esquerdo rola o "DER" no direito "Test" e ambos os sons com a mesma batera, uma ideia genial! Na capa do split vemos uma santa ceia onde Barata se encontra no lugar de Jesus e os membros da banda são os apóstolos, capa genial também, mas vamos falar dos sons. Para escutar tudo direitinho eu fiz questão de ouvir cada música três vezes, uma vez com os dois fones ouvindo os dois canais e o som completo, em seguida só o canal esquerdo, ouvindo assim só o "DER" e depois só o canal direito ouvindo só o "Test", então vamos lá:

 Tudo começa com a faixa "Intro" que é uma apresentação do personagem principal do split, o responsável por esse inusitado encontro, Barata. O solo de batera começa com cara de John Bonhan do Led Zeppelin mas logo vira um grind visceral e rápido. Em seguida temos a faixa "Ahab/Rivais" (Primeiro título é do "Test" e segundo do "DER") e eis que ao ouvir tudo junto parece uma super banda, com dois vocais e guitarras fazendo coisas distintas mas que de certa forma casam, o efeito é muito interessante. Ouvindo separadamente vemos claramente que cada banda tem um jeito diferente de tocar e que só a batera é igual e é isso que faz o som ser brutal e parecer uniforme, o que de fato não é.

Todas as faixas são no mínimo curiosas, após ouvir os dois canais juntos eu sempre ficava curioso pra saber como seria cada um separado, então se você for curioso e batera como eu vai adorar esse split bem bolado e diferente, sonzeira!

domingo, 24 de abril de 2016

(Show) The Dillinger Scape Plan, TEST - 17/04/2016

E após uma semana do evento finalmente encontrei tempo para falar sobre o show, então simbora:

TEST:
   Já conhecia a banda de cds e vídeos mas nunca havia tido a oportunidade de vê-los ao vivo, então foi a primeira vez q vi a performance. O som é muito bom, rápido e pesado. Acho legal isso de a banda ser uma dupla, as coisas parecem fluírem de forma menos burocrática. O legal também é que eles tocam de frente um para o outro, parece um ensaio. O som é foda,  vocal e guitarra João arrebenta, as guitas são rápidas e ele faz diversos tipos de vocais, já o batera Barata é uma máquina, martela a batera o show inteiro, seja em blast beat ou em repiques velozes ou quebrados, du caralho. Ou seja se você nunca teve a chance de ver o TEST, veja! Seja na Kombi ou em um palco cheio de luzes e som maneiro.

The Dillinger Scape Plan:

   Os caras do Dillinger fizeram seu primeiro show no Brasil. A banda não é super conhecida aqui, mas a galera que gosta curte bastante. O show estava relativamente vazio mas a vibe estava boa. Os caras subiram no palco e abriram com a primeira música do álbum "One of Us Is the Killer" a canção "Prancer" e logo no primeiro acorde o bicho pegou, a plateia ficou eufórica. O show foi repleto de estrobos e luzes piscando o tempo todo, além de pessoas voando do palco, ou no palco. Digo pessoas pois não sera só a galera que subia que pulava do palco (Stage Diving) mas os caras da banda não paravam quietos, o vocalista se jogou na platéia diversas vezes e o guitarrista Ben Weinman era insano, subindo nas estruturas, caixas de som, rodando guitarra, enfim a parada estava bem louca mesmo, não menos do que todos nós esperávamos.



  O setlist foi caprichado, eu havia conferido os setlists de shows anteriores a tour sulamericana e a banda estava tocando muitas músicas do ultimo álbum e não tanto os "hits" de outros discos, mas como foi a primeira vez deles em solo latino mudaram um pouco isso. Mandaram som de todos os disco e inclusive aquelas que a galera canta junto como: "One of Us is the Killer", "Good Neighbor", "Sunshine the Werewolf", "Setting Fire to Sleeping Giant", "Farewell, Mona Lisa". O som era contundente e a banda tem presença de palco feroz. O publico pirou do começo ao fim. Um show não tão cheio de pessoas (ainda bem) mas cheio de energia e muito som. Ah já ia me esquecendo, o telão e os samplers também completaram o show, os vídeos sempre conversavam com a música e os samplers faziam o show ser parecido com o CD. Na música "Sunshine the Werewolf" o vocalista puxou o publico para o palco que ficou tomado por mais de metade da música, foi do caralho!

quarta-feira, 13 de abril de 2016

(Show) - Dead Fish - Tendal da Lapa - 02/04/2016

Depois de um tempo sumido e falta de verba para estar presente em shows eis que voltamos com mais uma resenha, dessa vez do show do Dead Fish no Tendal da Lapa.



   O que falar de um show do Dead Fish? Sinceramente é uma resenha meio difícil, por diversos fatores. O primeiro fator é que a maioria das pessoas que de alguma forma se interessam por Hardcore/Punk Rock já viram um show dos caras, ou seja, entendem muito bem do que eu vou falar, ou até mais do que eu. E um segundo fator que pesa muito para mim é a relação que eu tenho com a banda, conheci o Dead Fish em 2001 quando meu irmão conseguiu o disco "Sonho Médio", na época eu com meus 10 anos de idade não fui muito com a cara da banda, mas em 2002 eu já era um fã incondicional que não podia entrar em nenhum show, ou seja, esperei anos para ver a banda ao vivo, e durante esse tempo eu fui ouvindo cada música e atribuindo experiencias pessoais para elas e enfim, por esses e outros motivos é muito difícil falar de um show dos caras, mas vamos tentar.
   O show começou com "Afasia" e o coro comendo, hardcore rápido e publico eufórico, desde a entrada do Marcão na batera os shows tem sido realmente rápidos. Em seguida uma música que eu só vi ao vivo uma vez "Molotov" e o hardcore intenso comendo. O show foi repleto de músicas de todos os álbuns, do "Sirva-se" até o "Vitória", apesar de ser em um espaço publico e gratuito o show foi pacifico, não vi nenhuma briga ou algo do gênero, todos curtiram numa boa. Em "Tango" o vocalista Rodrigo adicionou um nome aos nomes de mulheres no final da música, ele gritou: "São Marias, Heloisas, Severinas, Bernadetes, Rosas, Marisas, Izauras,Valescas, Elianas e Dilmas, mulheres fortes que sobreviveram" achei muito legal isso, a banda ainda se mantem politico como sempre. O show acabou com "Mulheres Negras" e aquele coro maravilhoso que me arrepia só de lembrar "Mas então vamos lá. Lutar por um ideal, se viver é resistir então será.." em seguida já emendaram o bis que foi "Contra Todos" e "O Sonho Médio". Mais um show muito bom da banda que tecnicamente não deixa a desejar nunca, tem músicas pra embalar uma noite toda de polgo e stage diving e que eu sinceramente espero que esteja na pista por mais 25 anos. Caso você nunca tenha visto um show do Dead Fish corre a veja um, eu esperei 4 anos pra ver o meu primeiro e não me arrependo nem um pouco!