terça-feira, 25 de outubro de 2016

(Disco) Dirty Faces - Eles Acreditam


Dirty Faces é uma banda do Rio de Janeiro que acaba de lançar seu primeiro disco intitulado "Eles Acreditam" com 10 faixas de hardcore, vamos disseca-lo.

O disco começa com a faixa "Eles Acreditam", a música é um hardcore rápido com vocais agressivos, a letra fala da cena underground em si, em seguida o disco diminui o ritmo com a faixa "E.P.A.C." que é bem melódica bem mais cadenciado, a letra fala de relações familiares. Em seguida temos "Em todas as vias" que começa com um riff de guitarra interessante e uma linha de baixo bem trabalhada sendo acompanhado por um dueto de guitarras, em seguida um hardcore rápido e claramente politico.

"LTDA" e "Arte Mysttica" são sons mais lentos e cadenciados com temáticas quanto ao trabalho e a busca do eu, respectivamente. "Em você" é um hardcore mais rápido com um arranjo muito legal de Cry Baby na parte final, novamente a temática é quanto ao descobrimento do "eu". "Cotidiano" mantém o hardcore correria do disco, a temática está clara no título. "Alienado" tem uma base interessante e um refrão cantante, quero ver essa ao vivo! "Nostálgico" acho que é a música mais lenta do disco e com um tema muito triste, ao menos pra mim, o título diz tudo, mas lembrar dos velhos tempos sempre dá um nó na garganta. "Círculos" fecha o disco com cunho politico fortíssimo e um refrão legal, com uma linha de baixo trabalhada e guitarras duetadas com reverb e dedilhado, em seguida um solo speedcore muito interessante.

Enfim, Dirty Faces vem com um disco de estreia bem trabalhado e com uma produção legal. Agora é esperar para ver a performance ao vivo. A arte da capa e contracapa, além da logo da banda ficaram por conta do artista The Wall THX, ou esse que vos fala, como preferir. Para ouvir o disco e saber mais da banda confiram o Bandcamp e o Facebook dos caras.

domingo, 23 de outubro de 2016

(Show) Black Dahlia Murder - 22/10/2016

No dia 22 de Outubro rolou na Clash Club, em São Paulo, o show da banda de Melodic Death Metal "The Black Dahlia Murder", infelizmente perdi o horário e não pude ver as bandas de abertura, mas deixo aqui as impressões da banda principal.


O show começou com a música "What a Horrible Night to Have a Curse" do disco "Nocturnal" já tacando fogo na galera, desde a última vinda ao Brasil em 2011 mudaram a formação consideravelmente, novo guitarra, novo batera e novo baixista, assim apenas permanecem Trevor Strnad nos vocais e Brian Eschbach na guitarra, os novos caras não deixaram a desejar e com nova formação ou não o show começou botando tudo abaixo.

Seguiu então outra canção antiga "Statutory Ape" do disco "Miasma" emendando em "Abysmal" do novo disco e em seguida "Nocturnal" do disco homônimo, em seguida mandaram "Malenchantments of the Necrosphere" do quinto álbum "Ritual", já da pra ver que o show foi indo e vindo nas melhores músicas de cada disco não é? E isso fez ser brutal.


Algo interessante que o guitarrista Brian Eschbach disse é que para essa tour eles de fato se prepararam e reaprenderam muitas músicas, disse que se dedicaram para mandar o material com qualidade na integra, por exemplo ao mandar o som "Warborn" do disco "Nocturnal" de 2007 Trevor disse: "Provavelmente vocês estão sendo os primeiros a ouvirem esse som em 10 anos". 

Agora um fato engraçado, Brian viu uma pessoa na plateia fazendo gesto com os dedos indicando um baseado, ele então foi ao microfone e perguntou "Ei cara, você está fazendo o gesto de maconha, você de fato tem maconha?" e Trevor completou: "Nós nunca fumamos maconha do Brasil, é boa?" ao que o público prontamente disse "Não" e eles responderam "É ruim? Sem problemas, nós fumamos mesmo assim", após essa declaração era só questão de tempo até alguém alcançar uma vela para os caras e quando isso aconteceu o portador da erva foi saudado com um beijinho na careca de Trevo e Brian. 

Os caras surpreenderam mandando sons do primeiro álbum lá de "Unhallowed" de 2003 mas a festa ficou para o final ao mandar "Miasma" colocando a galera num circle pit animal a banda emendou em "On Stirring Seas of Salted Blood" e disse ser o fim do show, o público é claro pediu mais músicas, e assim voltaram para apresentar o bis com a trinca: "Everything Went Black", "Deathmask Divine" e fechando com, obviamente, "I Will Return".




Apesar de ser uma banda rápida, de uma pegada pesada é o tipo de show que você não se mata, é rápido demais para correr pular e até mesmo cantar, mas é de deixar qualquer fã ou pessoa que desconheça de boca aberta, parece que agora, depois de 16 anos de banda o "Black Dahlia Murder" está em sua melhor fase, com um show consistente e impecável tecnicamente, para a banda eu só peço que cumpram sua promessa: "I Will Return"!!!





OBS: A leitora @mini_maah fez uma indicação legal, a banda não tocou nenhum som do penúltimo disco "Everblack".

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

(Disco) MUTE - Remember Death

    No dia 14 de Outubro foi lançado o tão aguardado novo álbum dos canadenses do MUTE, "Remember Death" é o título do trabalho e ele foi comentado em primeira mão aqui no blog em uma entrevista concedida pela banda no final do ano passado, e publicada no começo desse ano, se você não leu confira aqui.
    O potencial instrumental do MUTE nunca pode ser desafiado, a banda é uma verdadeira orquestra do hardcore, nada deixa a desejar, batera, baixo, guitas e vocais a banda é realmente foda e merece todo o respeito que conquistou, mas vamos falar do álbum.
   O álbum começa de forma contundente, como sempre foi, e com melodias diferentes dessa vez, a forma de cantar e Étienne mudou ligeiramente e ai eu vejo uma evolução positiva, ousar mais no vocal é algo que acrescenta muito no som da banda, apesar de entender as limitações de cantar e tocar bateria a primeira música "Resistance" tem uma linha de vocal muito boa, além de instrumental monstruoso. Para mim o disco continua pesado na segunda faixa "Fill the Void" que já veio com clipe, a letra da música fala de nossos amigos e entes queridos que já partiram e afirma que devemos preencher o vazio deixado por aqueles que partiram (como sugere o título) e compartilhar a tristeza pois assim a miséria de cada um sera dosada, talvez uma mensagem muito pesada para uma banda de hardcore, mas se pensarmos bem os caras já não são adolescente e seus trabalhos estão refletindo problemas pessoais de cada um, quando no fim da letra é citado o dia 2 de Novembro provavelmente remetendo a partir de alguém importante para um dos membros. Gostei muito dessa abordagem!



 A partir da música de número três "The Dagger" passando por "Best Fights" e "A Love Affair with Fair" tem uma pegada menos rápida, seja em refrões ou pontes, mas dá uma desacelerada no ritmo ou talvez sejam os backing vocals mais agudos que me trazem essa impressão de baladinha. Com o som "Allies" a banda volta a botar para correr novamente ousando nos vocais e com êxito na tarefa. Com a canção "A Mirage of Safety" voltam os backings agudos novamente eu sinto que perde um pouco o peso, apesar de um riff de guitarra pesadissimo. "Dead White Desert Route" também vem com uma pegada mais balada, até mais do que as anteriores, mas então "Black Heart" já entra com dois pés no peito, hardcore do jeito que gostamos! Correria do inicio ao fim o disco se mantém entre acelerar ao extremo e tirar o pé um pouquinho para em seguida voltar com tudo, muito bem bolado a ordem das músicas assim o disco nem começa morto ou termina morto, mas segue uma constante de subida e descida. "Santa Muerte" quebra o ritmo da anterior começando um pouco mais lenta, estão se preparando para o grande finalle, em seguida temos "Walking on a Thin Line" que com backings agudos novamente traz uma parte instrumental muito bem bolada perto do final da canção acabando com um fade e a entrada de um quarteto de cordas e tambos sinfônico, como um funeral, ou melhor, como um réquiem.
Um disco completo, como eu disse no começo, MUTE não decepciona, de longe as mais rápidas são as que mais de agradam, destaco as duas primeiras "Resistance", "Fill the Void" em seguida "Allies" e por fim "Black Heart", claro que essas foram as primeiras impressões do álbum, mas faça melhor que isso e escute o mesmo e tire suas próprias conclusões. Ele está disponível no bancamp da banda neste link. Além disso há um "documentário" ou algo assim no youtube oficial da banda de toda a produção do disco, infelizmente está em francês com legendas em inglês, mas aquele velho papo né? Quem quer se vira.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

(Filme) Joe Strummer: The future is unwritten

Joe Strummer é sem dúvidas um símbolo da música com mensagem e qualidade, um dos lideres do "The Clash" Strummer foi uma alma que nunca se calou. O documentário faz jus ao seu documentado, mostrando depoimentos de amigos, músicos e outros membros do Clash "The future is unwritten" é um relato de toda a trajetória de um jovem que tinha uma ótica muito singular.

Strummer nasceu na verdade Joe Graham Mellor em uma família minimamente abastada, seu pai de origem indiana conseguiu se naturalizar inglês algum tempo antes do nascimento do pequeno Joe, o Sr. Mellor trabalhava como diplomata e representante inglês em outros países, assim sendo Joe (que nasceu na Turquia) e seu irmão David passaram a infância entre diversos países, dentre eles: Turquia, México, Egito e Inglaterra. Uma infância preso em colégios internos só fez com que Strummer cada vez mais moldasse sua personalidade forte e sobrevivente, enquanto o jovem Mellor tendia a liberdade e ao libertário seu irmão se retraiu para lados mais obscuros e éticas retrogradas nacionalistas, mas nem isso conteve o jovem David e em 1970 o mesmo cometeu suicídio.

Strummer começou a cursar artes visuais e a partir dai teve seu primeiro contato com a música, aprendeu a tocar alguns acordes e desses acordes recebia moedas nas ruas para sustentar a si mesmo e os amigos em um Squat que montaram em Londres, era um típico hippie/punk (antes mesmo dessa palavra existir). Quando os Sex Pistols Surgiram Strummer tinha uma banda de skif e depois de algumas apresentações consistentes foi convidado a conhecer alguns caras que estavam a fim de fazer um som, e lá foi ele conhecer Mick Jones e Paul Simon, ali nascia o Clash.

Depois de anos de sucesso e discos icônicos o Clash sem dúvidas entrou para o panteão das grandes bandas, cada disco do grupo cheio de mensagens e misturas de ritmos faziam com que cada vez mais a banda se firmasse no cenário mundial.


Com o fim do Clash Joe participou de outros projetos musicais como trilhas sonoras, bandas e apoio entre outras, mas seu melhor trabalho sem dúvidas foi com a banda "Joe Strummer and The Mescaleros" onde o mesmo continuou a mostrar um pouco mais de sua ótica singular.


Strummer morreu aos 50 anos em 2002 deixando um vazio imenso para os, que assim como eu, são fãs do "The Clash", mas foi um bravo soldado e com certeza marcou a vida e a personalidade de muitas pessoas por todo mundo. Se você nunca ouviu The Clash está uns 30 anos atrasado, mas ainda há tempo, corra e descubra todo o poder do Punk Rock londrino, se você já ouviu sabe do que eu estou falando... Enfim, Joe Strummer: The Future is Unwritten é um filme, um filme não, uma obra prima para celebrar a vida de um homem que acima de tudo não se calou e vale cada um dos seus minutos.




sábado, 8 de outubro de 2016

(EP/Single) Overseas - Hardship/Marathons

Hardships(2014):

Overseas é uma banda de hardcore melódico da Costa Rica, os caras passaram pelo Brasil no ano passado com uma tour por diversas cidades e abrindo o show dos americanos Title Fight em São Paulo, e foi ai que eu os conheci.
    Hardship é um EP lançado em 2014 pela banda, são 6 canções e o disco pode ser baixado gratuitamente no bandcamp da banda.
   
A banda tem um instrumental excelente e as gravações são de alta qualidade. O vocal é bom e por vezes gritado, as letras são todas em inglês e no geral falam de problemas pessoais e relacionamento. Agora falando das faixas, a primeira faixa “Blue” é umas das minhas prediletas, um som agradável e cantante que dá o tom do álbum. “Hardship” tem uma letra muito interessante e um instrumental ótimo também, gosto muito de alguns arranjos na bateria (porque será? Haha), tem uma parada que rola em um bridge da canção que quando eu ouvi no show eu já pensei “Tenho que baixar esse som”. As canções “Lecture” e “Walk Alone” tem uma pegada de baladinha com alguns momentos de peso considerável. “35” é um hardcore lento e agradável, enquanto “Closure” é uma música lenta de fato.

Marathons (2016):

     Eu não sei se esse seria um EP ou um single com um lado B, creio que a segunda opção. Na tour do Brasil em 2015 a banda já tocava a música Marathons e já era incrível, agora com uma gravação de estúdio o resultado ficou tão bom, ou talvez até melhor. A canção é uma das melhores da banda, na minha humilde opinião. Uma letra legal e um ritmo entusiasmado, com arranjos interessantes, e após essa gravação foi adicionado alguns coros e backing vocals legais.
     O lado B vem com a canção “Permanent Roam” que é completamente nova para mim, é uma baladinha que começa bem lentamente, com dedilhados já característicos da banda. A música segue a linha tendo alguns picos de animo com um vocal mais rasgado de tempos em tempos.

Um EP e um Single de qualidade compositiva e de gravação, vale a pena escutar e prestar atenção, se você assim como eu não conhecia Overseas não perca tempo e entre nos canais da banda.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

(Quadrinhos) R.D.P. Comix - Marcatti

       
      Se você gosta de Ratos de Porão então você com certeza já conhece o Marcatti, o artista por trás das capas dos discos “Brasil” e “Anarkophobia”. Além de produzir essas artes é um dos quadrinistas underground mais respeitado do país, além de seu traço característico e roteiros escatológicos, o autor/quadrinista ainda faz um trabalho fenomenal imprimindo todas suas edições em sua casa, e todo o acabamento das mesmas.

    Criador de personagens como Frauzio além de uma infinidade de álbum e hqs, era só questão de tempo até acontecer um encontro entre o Ratos e o artista. Assim foi, e assim nasceram as já citadas capas de discos e então decidiram ir além disso, em 92 Gordo e Marcatti se reuniram para bolar uma HQ do Ratos, ai nasci a R.D.P. Comix.
  Lançada em 92 com 3 mil cópias a revista esgotou em 2 meses sendo hoje motivo de disputa entre colecionadores e fãs da banda, assim decidiram relançar a mesma e agora nós, reles mortais teremos contato com esse material inusitado, e eu diria inédito.


  A revista tem um acabamento muito bom, impressão de qualidade, Marcatti não dá ponto sem nó, seu trabalho é completo sempre. Na edição de número 1 temos 3 estórias, a primeira sobre a música “Vídeo Macumba” (uma das minhas prediletas da banda). A segunda sobre uma banda que se “vende” e a terceira sobre carecas. Estórias simples, com desenhos incríveis e nojeiras de montão, um ótimo material para quem curte quadrinhos e um bom punk rock. Caso você tenha interesse procure Marcatti em seu site, ou melhor ainda, procure-o em uma feira de quadrinhos, aproveite para trocar uma idéia e pegar outros materiais do artista. Se eu indico? É claro que eu indico, nada melhor do que um produto puramente independente em nossas mãos!

terça-feira, 4 de outubro de 2016

(Entrevista) Maguila (Santos - SP)

Nova entrevista no ar, dessa vez com a banda Maguila da baixada santista, os caras estão parados no momento, mas vai que com essa entrevista eles se animam pra voltar não é?
Folha Alternativa: A primeira pergunta é a mais clichê, mas acho importante saber, como começou o Maguila? De onde vocês saíram? E porque montaram a banda?
Maguila: Cara, primeiramente satisfação total fazer essa entrevista e falar um pouco da Maguila!. e claro deixar um salve pra cena de Carapicuíba.
Mano, a Maguila! é das praias podres de Santos e começou se não me engano em alguma aventura por algum boteco aqui da região com cinco idiotas/amigos que iam em shows de hardcore aqui em Santos ou na capital se não me engano há uns 10 anos atrás. o intuito era de fazer um barulho tosco e falando muita, mais muita merda do que a gente entendia da vida sendo falando de nossos amigos ou da vida e com o intuito maior de tentar tomar uns gelol na faixa( que infelizmente só aconteceu uma vez em SP hahahahahahahahahaha de resto pagamos ou vendemos os merchs no role que tocamos para beber gelol). é! se pa era mais FOR FUN do que outra coisa. apesar de achar o termo for fun uma merda e saber que o motivo da minha banda era ser forfun, mas esse forfun foi maneirasso. hahahahahahahahahhaha
F.A.: Uma coisa que eu acho muito louca no som de vocês é a mistura de piadas com coisas reais, muitas vezes apenas nas letras como na música “Maguila x Chuck Norris” que apesar de ter um tom de humor é uma paulada. Já “Cachimbrema” tem a piada e além disso o som é misturado, entra um brega e já mistura num grind. Como funciona a criação? Vocês se reúnem e vão testando, ou alguém já chega com uma ideia?
Maguila: hahahahahahahaha cara, eu gosto pra caralho dessas duas faixas… Maquila! x Chuck Norris é uma porrada fodida mesmo, escrevemos essa parada na época que um pessoal ficava pagando pau pro Chuck Norris e ficamos meio que encucados, nisso escrevemos esse puro deboche falando que o Maquila era mil vezes melhor que o Chuck e vamos concordar que é verdade hahahaha. ma já me perguntaram se era por causa da banda Chuck Norris e é claro que não. eu gosto muito dessa banda e com certeza pra mim foi uma grande influencia e se vc leitor não escutou vá escutar não perca seu tempo. nem escute Maquila! escute Chuck Norris pq é FOOOODAAAAAAAAAAAAAA


(Indicação dos caras....escutem!)
Caximbrema é som que eu dou risada pela letra e pela história. em um role na casa de um dos amigos e ex integrantes da banda regada com muito gelol e cachaça um de nossos amigos idiota fala que a vida é cheia de caximbrema e nisso tivemos a ideia ali mesmo de fazer uma música homenageando a localidade com aquele ritimo falando sobre caximbrema, se vc não sabe oq é Caximbrema escuta a música que vc vai entender. a parte “musical” foi feita pelo Caio Fake que tem uma produtora Cabeção Music, fizemos tudo lá desde produção até a gravina dos sons. quem quiser dar uma olhada no trampo do cara Cabeção Music ta ai o maluco é ziquizira das produça.
F.A.: Conheci vocês em 2012 com o webclipe “Santos Cheio de Zica e Mina Dengosa com DST” que era uma sátira de “Vem comigo você” do Marcelo Totti. Então concluo que vocês conseguem pegar uma música bem bosta e deixar muito loca hahaha, posso mandar todo um playlist para ser adaptado pela banda? Brincadeiras a parte, essa versão (que ficou muito foda) rendeu bastante visibilidade para vocês?
Maguila: Marcelo Totti é foda! o legal é que ele gostou da música e ele só não apareceu no clipe pq não deu tempo de ele chegar hahahahahaha cara, tinha umas pessoas que gostavam e outras meio que não gostavam… hahahahahahahahahahaha. na real a gente fez esse som do nada os caras chegaram pra mim e falaram: “se liga tu só vai gravar isso ai ó” eu rachei o bico e perguntei se era sério… eles me convenceram me comprando por gelol e eu acabei gravando… mas sei lá fizemos na intensão de tirar uma onda e foda-se. e claro eu dei muita risada.
F.A.: Ainda no tema clipe vocês têm o da música “Minha Família” do EP “Um Cruzado na Orelha”. É um clipe muito bom, uma montagem legal e numa pegada rápida assim como a música, então a pergunta é, quem cuida da parte visual da banda? Capas, merch, clipes, vídeos, quem faz esse corre?
Maguila: Eu trampo com Web/design faz um tempo e sempre me amarrei em capas de discos e ai as ideias das capas e merch eram sempre minhas e eu sempre passava para um amigo meu que é ilustrador o Sérgio Duarte que fez os desenhos dos cds e camisetas. o cara é fodastico. os clipes e videos foram amigos que faziam tbm o clipe da minha família foi o Mundocão que fez, e o clipe de Santos Cidade Zica foi uma amiga nossa Carla Soares. mas as ideias sempre foram nossas e os caras que gravam lapidavão a merda pra melhor hahahahahahahaha
F.A.: Ao entrar em contato para essa entrevista fui informado que vocês estão parados, eu não sabia dessa notícia, sou da grande São Paulo e o pouco que tenho contato com bandas da baixada é através de vídeos e páginas. É um hiato ou um fim?
Maguila: Estamos parados… acho que não acabamos… é só um tempo… ou acabamos não sei… hahahahahahahahha vou deixar essa dúvida no ar… será que vai vir coisa nova por ai, será que vem som novo…clipe???? hmmmm deixo essa para vcs refletirem um pouco mais e tirarem suas próprias conclusões. hahahahahahahahahahahaha Faço um convite para vc e para o pessoal de Carapuiba para chegarem junto e compartilhar de grandes roles feitos por coletivos de verdade aqui de Santos e claro tomar um gelol e se vc não beber chega na água ou no suco que é nóis. é só chegar que serão bem-vindos.

F.A.:Gostaria de agradecer a banda por responder as perguntas para o blog. Valeu, abraço!
Maguila: Agradeço vcs ai por darem espaço para uma banda que está parada porém que fez grandes roles por ai fazendo muita merda e tomando gelol estrado a fora. Salve para a cena de Carapiuiba e um grande salve para o Folha Alternativa. Por último: FORA TEMER, FORA BOLSONARO FASCISTA! É nóis! Valeu! Quem quiser conhecer mais o som dos caras sigam:
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