quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

(Show) Satanic Surfers / Straightline / 30 - 05/12/2015


Dia 5 de Dezembro rolou no Inferno Club na Augusta um show que muitos esperavam fazia anos, Satanic Surfers (Suécia) finalmente voltariam para São Paulo depois de mais de 10 anos. Fiquem aqui com a resenha desse showzaço:

30: A banda 30 é uma formada por ex-membros de diversas bandas e já começou com um disco sendo bem comentado na internet, o engraçado dessa banda é que o vocal Daniel (A-OK) mora em Curitiba e os caras nunca haviam ensaiado juntos até uns dias antes do show de abertura do Ignite, enfim vamos ao show. Começou um pouco atrasado do estipulado, mas os caras mandaram muitos sons. A levada é boa, hardcore bem feito e pensado, batera nervoso, e os vocais são ótimos, eu sou suspeito para falar já que era um fã do A-OK. Os caras estavam bem feliz por ter espaço para abrir o show do Satanic que é uma banda que curtem, show bem legal e fica a dica ai de um som apra ouvir.



Straightline (Alemanha): Uma banda extremamente técnica, o Streightline me deixou de boca aberta. O batera parecia um desses samplers, os repiques eram rápidos e precisos. O guitarrista e vocalista era técnico rápido, solava e cantava.... baixo e outro guitarra também arrebentavam, como eu disse uma banda muito técnica, e com um som fodido, um hardcore bem feito, correria com vocais meio gritados e melódicos por vezes. Algumas músicas soavam mais rápidas, como um grind... outras mais hardcore melódico...enfim uma banda muito legal e que merece uma atenção.

Satanic Surfers (Suécia): Bom, não tenho nem palavras para descrever o show dos caras, histórico. Vi marmanjo chorando, caras da antiga pulando do palco e cantando a parada loucamente. Show fodido, não muito lotado, mas bem animado, muitos stage divings e circle pits, não sei nem como descrever direito... Enfim, os caras tocaram por quase duas horas e depois de muito suor e de músicas emendadas e muita porrada na cabeça o show chegou ao final... fiquei triste que eles só tocaram dois sons do "Taste the Poison" que é meu disco predileto, mas mesmo assim valeu a pena, show do caralho e nem sei se sera possivel ver um outro algum dia.

Texto e fotos: Wallace Nunes

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

(Entrevista) - Western Day (SP)

Western Day é uma banda de Grind/Hardcore da Zona Sul de São Paulo, os caras estão na estrada desde 2007 e tem um currículo invocado, diversos festivais e shows com bandas como: Still On (Colômbia), Meinhof (UK) e Napalm Death (UK) & Suffocation (USA), Are you God?, Hutt e muitas outras. Troquei uma ideia breve com os caras e o papo foi assim:

Folha Alternativa: Eu conheci o Western Day faz um tempo, e na época era uma outra formação, explique para galera um pouco dessa nova formação da banda.

Western Day: Salve salve folha Alternativa! Primeiramente gostaríamos de agradecer a oportunidade de estarmos aqui falando um pouco sobre a banda, e que não somos muito bons com as palavras (risos) mais que vamos tentar ser objetivos e não falar nenhuma besteira.
Como dito formamos o Westernday em meados de 2007, Quem idealizou a parada foi o PH (guitarra) junto com Jhowgo (vocal) , eles foram os criadores da banda. Na sequencia entrou o Carlos (vocal), Alex (guitarra), Alirio (Baixo) e Rick (batera). Tocamos em gigs com bandas bem legais da cena. Dois eventos que gostaríamos de destacar foram o Bolinho Podre Speedgrind festival e 2º Piraporinha Hardcore.
Depois começaram as mudanças. Alirio saiu da banda e foi substituído pelo Bruno vulgo Mutila, Que tá até hoje tocando com agente. Dai pra frente tocamos muito. Rolou em 2009 o koolmetal fest e foi uma experiencia incrível dividir o palco com bandas como o Napalm Death, Suffocation e Violator. Em Janeiro de 2010 tocamos no 18° Festival de Hardcore de São Paulo, Verdurada. Esse foi nosso ultimo show. Decidimos dar um tempo pra focar em nossas particularidades, estudos, trabalho daí em diante a banda seguiu "splitada" Até 2014. Algumas tentativas de retorno rolaram, mais a banda quase acabou de vez. Surgiram projetos paralelos inclusive um deles continha os membros da banda exceto Alex e Rick. Chamava-se Dead Vai You. Tem um EP gravado e é altamente recomendado a fãs de punk, hardcore na linha Discarga, Mukeka di Rato.
Quando a banda resolveu voltar, fez alguns ensaios. Aconteceu a saída do Rick que é um batera fudido! Temos orgulho de ter tido um cara autodidatas como ele, acompanhar sua evolução como músico e ter sua pegada registrada na nossa “Demogrind”. Na Sequencia já entrou o Gabriel, um batera foda! Saiu o Jhowgo, o Carlos assumiu a responsa dos vocais. No fim saiu o PH guitarrista e fundador da parada. Entrou o Marcelo que tem um curriculum bom na cena. Guitarrista experiente e já tocou com muitas bandas dentre elas o Violência Coletiva. Desde então a banda começou a tomar uma nova direção... As musicas ficaram muito mais pesadas e com certa técnica, bem diferente do início da banda que era bem mais punk! Por fim na reta final da gravação do nosso novo trabalho, por motivos que decidimos não divulgar rolou a saída do Carlos. Não poderíamos perdem tempo. Convidamos o Thiago vulgo Thithi Gore! O Apelido do camarada já diz tudo, nem precisamos falar muito! Já chegou fazendo Três shows e gravou os vocais no EP. Hoje somos Alex (guitarra), Marcelo (guitarra), Mutila (baixo), Ratão (batera) e Thithi Gore (vocais) Esperamos seguir juntos por muito tempo, tocando e divulgando nosso trabalho. Levando o legado do rock pauleira por onde passarmos! Essa é nossa única pretensão como banda!

FA: Conheço a demo “Demogrind”, tem 4 sons de vocês e está disponível no Bandcamp da banda, as quatro músicas não tem letra disponível, queria saber qual é a temática que a banda aborda nas letras.

WD: A temática da banda consiste na mescla de situações que acontecem no nosso  dia a dia, coisas do cotidiano, holocausto, horror, trash movies. Como se todos os dias no local onde  vivemos fosse um filme de horror! Entende? (risos)

FA: Estou sabendo que em breve vão lançar um disco e um EP com sons lado B, quando e o que esperar desses novos plays?

WD: Quase certo pra lançarmos em Março! O disco ainda não tem um nome. Temos as músicas gravadas, finalizadas. Detalhe! Tudo no mais alto estilo DIY, faça você mesmo! Quem fez a parada toda foi nosso guitarrista o Alex. Quanto ao EP com sons lado B, é bem provável que lancemos uma ou duas semanas antes da chegada do trabalho principal. O que esperar? Rock Pauleira! Sem dúvidas! (risos)

FA: Além dos discos, quais os planos futuros para a banda? Um clipe? Algum show de lançamento?

WD: A cara... Agente tá apostando bastante no lançamento desse Disco novo, depois que ele sair tudo é possível acontecer! Um video clip seria animal! Pode ser que surja a oportunidade! Que alguém se interesse pelo trampo. E sim, pretendemos fazer um show de lançamento. Estamos até tentando fechar com alguma banda legal da cena. Isso ainda está em processo, ainda não há como dar muitos detalhes. Mais vai rolar sim.

FA: Por fim, como e quem faz as artes da banda? São vocês mesmos ou algum amigo agiliza?

WD: No começo quem fazia essas paradas era o Jhowgo, inclusive foi ele quem criou as artes pras camisetas, as paradas da nossa demo! O Bonegrind nosso mascote. E são uns trampos que ajudaram a dar a cara da banda! Esse lance de horror e perífa sempre teve presente na banda.
Agora pra esse disco novo quem está fazendo nossa arte é o Augusto Miranda. Além de um artista fora de série o cara é GENTE, uma das pessoas mais legais que já conhecemos. Vale a pena conhecer o trampo dele.





Gostaria de agradecer aos caras do Western Day e quem quiser conhecer mais o trampo dos caras basta curtir a página deles no Facebook e acompanhar o bandcamp da banda, que em breve vai ter novidades como já citado disco.

https://www.facebook.com/westerday

http://westerndaygrindcore.bandcamp.com

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

(Livro) Fanzine Como Obra de Arte: Da Subversão ao Caos

A resenha da vez será de um livro que adquiri no último Ugra Zine Fest, o livro "Fanzine Como Obra de Arte: Da Subversão ao Caos" foi escrito pelo amigo William Busa que desde o meu primeiro evento de zines estava lá, e deixo aqui minhas impressões do trabalho:

Vale lembra que esse trabalho inicialmente foi concebido como artigo científico para a pós-graduação em história da arte de William, em seguida o mesmo foi lançado pela Marca da Fantasia, que é uma editora da Paraíba que busca sempre lançar livros com conteúdos relacionados a zines.

O livro tem uma cara científica, digo isso pela divisão de capítulos e também pelo vocabulário, mas isso não impede de ser uma boa leitura. Levanta diversas questões, e na verdade todas elas chegam a uma grande questão, o que é arte?
Trazendo o contexto histórico e os movimentos artísticos da modernidade aos tempos contemporâneos William mostra a diferença entre arte, e Arte com a maiúsculo, além disso traz um pouco da origem do zine de forma breve já que esse não é o foco do livro. 

O trabalho é bem curtinho, dá pra ler em um dia tranquilo, e ajuda a refletir nas duas vertentes, o que é arte? O que é zine? Zine é arte? Se você quiser descobrir entre em contato com o William ou com a Marca da Fantasia, vale a pena ter na estante. 

http://marcadefantasia.com/

Texto e Foto: Wallace Nunes


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

(Show) 1º Osasco Cultural (Ira! / Vespas Mandarinas) 21/11/2015

Aconteceu nos dias 21 e 22 de novembro o 1- Osasco Cultural, o que seria uma versão da virada cultural da cidade de São Paulo. O evento aconteceu em diversos palcos espalhados pela cidade, ao longo das 24 horas de música rolaram diversos artistas famosos e espaço para as bandas locais também, além disso o Sesc Osasco funcionou 24 horas com teatro, cinema e dança. Eu fui para um único palco na noite do dia 21 para conferir as bandas “Vespas Mandarinas” e “IRA!” e aqui vai a resenha.

Vespas Mandarinas

Essa foi a segunda vez que tive a oportunidade de ver o Vespas ao vivo, a primeira delas foi na Clash Club quando fui chamado para fazer fotos do "Brothers of Brazil" e o show teria abertura do Vespas. A banda mudou um tanto desde então, na época o Thadeu Maneghini era guitarrista e no baixo tocava Flavio Guarnieri dessa vez temos um novo guitarrista  e Thadeu no baixo e voz. Os caras começaram com música nova, primeiro show na cidade estavam aquecendo o público, depois de alguns minutos de show e da espontaneidade do vocalista o público estava ganho quando a banda mandou as musicas; O Vício e o Verso, O Inimigo, Santa Sampa, Não Sei o que Fazer Comigo.
A galera já pulava e cantava todas elas. Sem um baixista o vocalista Thadeu perde um pouco a liberdade que tinha de largar a guitarra e cantar de microfone na mão, como eu o vi fazer na Clash, era possível fazer isso pois o baixo segurava e Chuck Hipólito mantinha uma das guitas, ele larga o baixo e pira um pouco ainda, mas aí o show fica com a sonoridade mais vazia, mas gosto muito dessa pira, anima o público. Um ponto bom em ter um novo guitarrista é que o cara manda bem, sente o som e desce a mão. Para o Vespas ficar redondinho acho que tinha que ter um baixista e que Thadeu ficasse livre apenas para cantar (ou uma terceira guitarra, porque não??). Show ótimo e espero poder vê-los na ativa mais uma vez.

IRA!
Meu pai tem o disco “Núcleo Base” e sempre o ouviu, ou seja eu sempre ouvi IRA. Pois bem, alguns anos atrás quando anunciaram o fim da banda fiquei bem triste pois nunca havia visto, e nunca mais veria. Eis que em uma virada cultural de São Paulo eles voltaram à ativa, infelizmente não pude ir e mantive assim o IRA em minha lista de bandas que queria ver. Mas por sorte tocariam em Osasco, juntaram a fome com a vontade de comer e voila. Os caras subiram no palco já mandando "Longe de Tudo" o publico ja pirou (eu principalmente) e o bicho comeu solto, era sucesso atras de outro, só sonzeira. Nazi já não canta mais como anos atrás, mas o Scandurra continua arregaçando. A banda tem uma nova formação e nessa formação tem um baterista que enfia o braço sem dó, o que deu um ganho músical gigante para a banda. Entres os sons tocados tivemos: "Ninguém Precisa da Guerra", "Saída", "Rubro Zorro", "Flerte Fatal", "Envelheço na Cidade", "Girassol" e mais uma caralhada.
Show muito bom, mais um que estava na minha lista e consegui ver em 2015. Uma parada legla que fiquei sabendo é que o IRA começou a formar a banda com um amigo de Nazi e Scandurra que vivia em Osasco, assim os 3 se reuniam na cidade para escrever e planejar a banda. Segundo Nazi esse amigo já faleceu, a banda dedicou a canção "Rubro Zorro" em sua memória.

Texto e Fotos: Wallace Nunes


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

(Show) 25/11/2015 - Asian Kung Fu Generation (Wonder Future)

 No ano de 2005 eu conheci uma música de uma banda japonesa e fiquei curioso para conhecer mais daquela banda, ao "caçar" o nome encontrei algo muito engraçado, a banda se chamava "Asian Kung Fu Generation" apesar do nome estranho o som era bom, me lembrava um pouco o Weezer, mas do Japão, então danei a baixar clipes da banda e gravei um VCD e os assistia quase todos os dias, em seguida baixei discos e comecei a acompanhar a banda, eis que em 2015 é anunciado um show dos caras aqui em São Paulo, mas justamente na data do último dia de FIQ, meio triste por não poder estar em dois lugares ao mesmo tempo aceitei o fato de não ver os caras, mas eis que meu irmão me salva com uma passagem aérea e eu poderia comparecer ao show (e perder o último dia de FIQ). Eis que as 17:00 hrs do dia 25 eu voltei para São Paulo corri para o metro e em menos de uma hora e meia já estava no Carioca Club para entrar.


  O show estava razoavelmente vazio, não que tivesse marasmo, mas havia espaço para andar sem esbarrar em ninguém (já fui em shows no Carioca que não dava nem pra tirar um pé do chão). A galera parecia ser bem de boa e assim as 19hrs em ponto os caras subiram no palco e tocaram pelas próximas 2 hrs e alguns minutos ininterruptos. O show começou com a música "Easter" e em seguida "Little Lennon", são duas canções mais recentes então eu particularmente não conhecia, mas para engrenar o show emendaram em "After Dark" que é bem popular por aqui por ter sido a abertura do anime "Bleach" ai começou a pegar fogo. Com a sequencia "Senseless", "N.G.S.", "Re:Re", "Uso to Wonderland", "Siren" o show ficou muito bom, eu que sou um fã mais antigo não esperava uma porrada de 5 músicas boas em sequencia.
 Os caras pareciam impressionados com o público sabendo todas as letras e a cada refrão cantado em coro era possível ver no semblante dos músicos e até do Roadie a surpresa. Só quem falava no microfone nos intervalos era o vocalista Goto, que no geral sempre dizia "Thank you, Arigato" e mandava mais um som. Uma coisa impressionante era que as músicas eram tocadas de forma perfeita, igualzinho no CD, até parecia playback, mas não era.
  A banda mandou "Siren", "Black Out" e "Blue Train" em seguida mais algumas músicas mais recentes que não conheço, e ai a dobradinha do sucesso "Rewrite" e "Haruka Kanata" (aberturas de Full Metal Alchemist e Naruto respectivamente), ai o Carioca caiu, até uma roda punk rolou, mas tudo muito suave. O vocalista ainda se arriscou em falar em inglês algo como "Vocês sabem todas as músicas", e o show se encerrou com a canção "Wonder Future" que nomeia a tour.
 Depois de saírem do palco a galera gritou por mais músicas e a banda voltou e mandou mais algumas das antigas; "Loop & Loop", "Kimi to iu Hana" e "Mirainokakera", essa última foi pedida por fãs ao longo do show, eles inclusive tinham mascaras como a da mulher no clipe. Essas últimas canções fizeram o show acabar com chave de ouro.

Espero que voltem algum dia para mais um show cheio de energia e pacifico, e caso você ainda não conheça a banda dê um google ai e confiram.

Texto e foto: Wallace.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

9º FIQ (Cobertura in Loco)

Até o presente momento o blog apenas fez resenhas de bandas, discos e um filme e um livro, mas eis que no mês de Novembro rolou em Belo Horizonte o 9º FIQ (Festival Internacional de Quadrinhos) e felizmente consegui visitar o evento pela primeira vez, você pode se perguntar; "Mas qual o sentido disso?", simples, o quadrinho nacional é uma verdadeira arena de gladiadores onde todo lançamento é matar um leão, assim como o hardcore, o cinema e qualquer vertente artística fora do eixo, fiquem então com os relatos:



Cheguei na cidade no dia 10 então primeiro dia serviu para ter uma noção das coisas e me preparar para o primeiro dia do evento. O FIQ acontece na Serraria Souza Pinto que fica no Baixo Centro de Belo Horizonte, o espaço é enorme e tem seu charme. O evento é completamente gratuito, ou seja uma circulação gigante de pessoas o dia todo. O evento ainda conta com diversos stands e mais de 100 mesas de artistas independentes, é tipo uma Mecca dos fãs de quadrinho. 

Uma parada bem legal que rola no FIQ são debates sobre os quadrinhos, rolaram debates de diversos temas, esse da imagem por exemplo, era um debate sobre jornalismo e quadrinhos o que faz quadrinhos serem interessantes para quem já é fã de quadrinhos e pessoas que não são fãs pois aborda temas do quotidiano e da vida real (nada de super-heróis). Rolaram outros debates também quanto a igualdade por exemplo e diversos outros temas. Além disso haviam palestras e actividades mais voltadas para artistas como demonstração de roteiro e de desenho.


Também rolavam as sessões de autógrafos com diversos artistas e os lançamentos de quadrinhos, a única parte ruim disso eram as malditas senhas que davam um trabalhão para pegar e acabavam rápido. Passaram muitos artistas ilustres pelo FIQ nesses 5 dias de FIQ como por exemplo Maurício de Souza, Jeff Smith, Shiko, Lu e Vitor Caffagi, Fábio Moon e Grabiel Bá, Rafael Coutinho, Joe Prado, Howard Chaykin, Amy Chu, Danilo Beyruth, Cris Peter e muito mais. 


 O evento sempre tem um homenageado, nesse ano era o artista Antônio Cedraz artista baiano criador da "Turma do Xaxado" que faleceu em 2014. Uma sessão especial onde diversos artistas fizeram suas homenagens à Antônio estava instalada logo na entrada do FIQ.

 Uma coisa legal que eu vi no FIQ foram escolas públicas visitando o evento em massa, a todo momento era possivel ver crianças correndo para lá e para cá, todas com seus uniformes do colégio pedindo desenhos para os artistas, a maioria os atendia bem, já um grupo seleto (principalmente um gringo chato) os tratavam mal. Na lateral do evento eles se reunião para comer o lanche que trouxeram na mochila, me deu uma nostalgia dos tempos de escola e do lanche que minha mãe preparava, achei a atitude legal, esses ai poderão ser os futuros leitores de quadrinhos.


Além de stands, quadrinhos importados e quadrinistas profissionais também rolaram as mesas como eu já disse, com mais de 100 artistas independentes e essa era sem dúvida uma das partes mais legais do evento, eu passei em quase todas as mesas e deixei um zine e conversei com o pessoal, eu levei mais de 100 zines e voltei com quase nada, sendo que não vendi nenhum. Conheci gente do Brasil inteiro, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Norte, Bahia, Amazonas, Roraima, Rio de Janeiro, Paraná, Goias, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Sergipe, Ceará, Minas Gerais e muita gente de São Paulo.


Todos os dias do lado de fora do evento rolava o "FIQ Fora" que é um evento underground onde a galera se concentra embaixo da ponte e expõe seus trabalhos a fim de vender e trocar, uma parada bem subversiva, menos profissional do que os trabalhos de dentro do evento, mas de potencial parecido com o interno. Eu deixei meus trabalhos expostos lá alguns dias, mas não vendi nada, como eu disse troquei todos os meus trabalhos, ou simplesmente dei para as pessoas. 

Pois é, o FIQ acabou, mas daqui a dois anos rola a décima edição do evento, espero ter um material legal para apresentar e reencontrar todo esse pessoal que estava por lá na luta para divulgar seus trabalhos. Visitar o evento foi uma realização para mim, já que planejo o mesmo há pelo menos 2 edições atrás. Caso você seja fã de quadrinhos não se engane com esses eventos corporativos que visam ganhar grana em cima da moda dos quadrinhos, salve suas economias e visita Belo Horizonte, uma bela cidade de belas pessoas com um belo evento a cada dois anos.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

(Show) 31/10/2015 - Forfun (Até logo, amigos)

No sábado dia 31 de Novembro os cariocas do Forfun fizeram o primeiro show dos dois de despedida da banda que anunciou seu fim esse ano. Eu fui conferir o show dos caras e deixo aqui minhas impressões e relato do dia:
Começo essa resenha admitindo que eu não fui fã de Forfun desde a primeira vez que ouvi a banda, me lembro lá em 2004, 2005 quando muitos dos meus amigos e colegas curtiam muito a banda e outras dessa mesma época (Fresno, Scracho) e eu torcia o nariz para esse som, na real eu nunca me esforcei para escutar, eu não gostava muito da galera que curtia o som, ou seja o publico, pois gostavam da estética e da moda do hardcore, e não da ideia do hardcore.
Em 2013 por algum motivo me lembrei de uma melodia de uma música e fiquei meses matutando para lembrar quem cantava, por sorte alguém postou a música no facebook uns meses depois e eu fui atrás do disco, que era o primeiro do Forfun (Teoria Dinâmica e Gastativa) voyla, curti o disco sem duvidas, um hardcore melódico muito bom.
Voltando ao show, cheguei razoavelmente cedo no evento, deu tempo de ir ao banheiro e dar uma olhadinha ao redor, eis que, o que me afastou de conhecer a banda em 2004 ainda me incomoda. Pessoas que valorizam o estilo e não as ideias, não estou generalizando, com certeza ali tinham pessoas que curtiam os caras desde 2000 e bolinha, mas boa parte do publico presente eram simples molecada que nunca vai tentar descer mais a fundo na ideia do hardcore e da cultura engajada que o mesmo tem.
A banda subiu no palco as 22:30 mais ou menos, começaram com a música “Suave” do disco “Polisenso” esse é um som legal, vejo esse disco como uma transição, da banda de hardcore para uma banda de música no geral, os caras misturam suas composições, criam coisas que foge de rótulos por vezes. A banda é bem técnica, dá pra ver que o som dos caras é bem trampado e inclusive o show foi quase que todo acompanhado por um saxofonista, o que dava um up no som (principalmente nos skas e raggaes).
O show seguiu com diversas músicas dos discos mais recentes e nada do primeiro álbum (meu favorito sem dúvidas). Alguns convidados foram chamados ao palco, como por exemplo Teco Martins (Rancore e Sala Espacial) e também Lucas Silveira (Fresno).
Os sons continuaram a se misturar, raggaes, skas e enfim, coisas diversas, até que começou uma canção do ultimo disco (Nu) que me fez ver a grande diferença do publico. O som em questão é a música “Considerações” que tem uma levada hardcore califórnia muito boa para um mega circle pit, e tudo que rolou foi uma molecada pulando como numa micareta.
Já do meio para o fim os caras mandaram sons do primeiro disco, ai sim começou o hardcore de fato, com “Cara Esperto”, “Constelação Karina”, “História de Verão”, “Hidropônica”, “Good Trip”, “Costa Verde” foi sem dúvidas a melhor parte do show, aquela vontade de ter um skate no pé batia forte no peito enquanto o som rolava.

Apesar de não ser um fã de longa data fiz questão de ver esse último show dos caras, ia me sentir culpado em dobro, já que por conta de fatores indiretos eu me esquivei do começo da banda, não pude deixar que fatores indiretos (que ainda estão lá) me fizessem evitar ver o primeiro porém último show dos caras.




sexta-feira, 30 de outubro de 2015

(Entrevista) - Total Silence (Duque de Caxias - RJ)

Hoje vamos inaugurar as entrevistas aqui no blog (futuramente na versão impressa tbm).
A primeira entrevista do Folha Alternativa foi com o Guile que é o one man band "Total Silence" de Caxias do Sul - RJ. Confiram as respostas e os links da banda:



Folha Alternativa: E ai Guile beleza? Queria que você contasse um pouco do projeto “Total Silence” como funciona e o que te levou a fazer uma banda de d-beat/raw punk.

Guile- E ai mano, por aqui tudo bem! Primeiramente gostaria de te agradecer pelo espaço cedido aqui no blog, valeu mesmo.

Então, a TOTAL SILENCE surgiu logo apos eu parar com um antigo projeto que eu tinha, começou em Março de 2012 com um amigo aqui da área fazendo uns ensaios e eu na guitarra e voz. Ao longo do ano de 2012 e metade de 2013 eu fui testando outros line-ups pra ver se dava certo manter como uma banda normal que ensaia e sempre toca, mas acabou que eu fui desanimando e resolvi continuar o trampo sozinho mesmo. 

O que me levou a montar uma banda nesse estilo é o tipo de sonoridade, temática e a estética que é uma coisa que eu realmente curto escrever e tocar.

Temáticas abordando a maldição da guerra e todo o mau que ela traz, o homem criando a sua aniquilação com a destruição do planeta.

FA: Apesar de o “Total Silence” ter um estilo bem definido no som, nas letras e na estética eu vejo suas postagens e sei que você curte outras paradas também, quais suas principais influencias?


Guile- Sim, eu curto bastante sonoridades diferentes então no meu dia a dia eu ouço bastante coisas variadas, eu sou realmente um viciado em música (ahaha), mas as influências pro som que eu faço com o TOTAL SILENCE são basicamente essas:

DISCHARGE/ANTI-SECT/ANTI-CIMEX/UTGARD TROLLS/BESTHÖVEN/
DISASTER/CRUCIFIX/MASSKONTROLL/NAUSEA/CRUDE SS/SHITLICKERS/
DISCHANGE/DISCARD/CRUDITY/MOB 47 e etc...

FA: No blog do Total Silence tem a descrição que a banda é de um homem só, ou seja você que faz tudo, letras, músicas, grava guitas e bateras e lança tudo sozinho. Mas já vi fotos de shows, como você faz nesse caso? Tem alguém certo já preparado para tocar o set list?


Guile- Realmente a banda funciona como uma one man band, desde julho de 2013 quando resolvi levar o trampo sozinho. Nesse esquema eu ganhei mais agilidade pra poder gravar tudo.

É até engraçado essa parte dos shows porque nunca tem um line-up fixo, se você der uma olhada nas fotos dos shows sempre vai variar as pessoas que estão me ajudando. Aqui no RJ o Raul (da Adrift) por estar mais próximo de mim sempre faz esse corre comigo, hoje em dia ele normalmente faz a bateria ao vivo, mas ele já fez de tudo na banda e é uma pessoa bem importante até hoje, ele que me ensinou a fazer as gravações, me ensinou a programar as baterias, saca?

Outra pessoa que sempre me dá uma grande ajuda é o Somalha (do Final Trágico) um amigo que tenho em Ouro Preto, e ele sempre se disponibiliza a me ajudar também fazendo as baterias ao vivo, acho que ele foi quem mais tocou ao vivo comigo até hoje, fizemos uma mini-tour em SP pra divulgar a demo WAR GRAVES, e nesses shows da mini-tour de 2014 quem fez o baixo e organizou as datas foi um outro amigo meu o Diego (do Atos de Vingança).

FA: Vejo que você participa de diversas coletâneas nacionais e gringas, você poderia listar os lançamentos da banda? E também como que alguém pode conseguir um material físico (disco, cd, tape, adesivo, buttom ou camiseta)?


Guile- Vou listar abaixo os lançamentos que já saíram e os que estão próximos de sair. Quem tiver interesse em algum material da banda pode escrever no meu perfil pessoal, no e-mail da banda totalsilence.punk@gmail.com ou pela pagina da banda também.

DISCOGRAFIA

Formato Físico:
2013. WAR GRAVES [CD-R] by Decapitated Recs.
2014. V/A - Cacos de Vidros Vol. 2 [CD-R] by G-Beat Produções.
2015. V/A - Another Nail In The Coffin! [TAPE] by Punk Vortex Recs.
2015. V/A - PogoHai Label Compilation Vol. 2 [TAPE] by PogoHai Recs.

Formato Digital:
2014. V/A - Freedom Punker Vol. 19 
2014. V/A - Dis Freedom Struggle Continues Part 3
2015. V/A - Mania For Conquest Vol. 5 

Em Breve:
2015. Mass Death & Sorrow [12" LP] by Decapitated Recs.
2015. Mass Death & Sorrow [K7/CD] by PogoHai Recs.
2015/6. Split w/ Brafcharge [7" EP] by PogoHai Recs.
2016. 3 Away "TOTAL VINGANÇA TRÁGICA" [CD-R PRO] by No War Recs.
2016. V/A - D-beat Hasta Que Te Sangren Los Oidos [CD-R PRO] by Ke Ardan.

FA: Essa é uma informação que eu sempre tento descobrir das bandas, quem faz as artes? Capas, e até layout de página, você mesmo ou alguém te ajuda?


Guile- Atualmente quem  fez o layout para a página foi meu amigo Mingau (do Death From Above), ele criou esse novo layout pra fazer os adesivos. Então aproveitei pra usar na pagina e inclui a arte THE SCREAMS FROM HELL como capa do split 7" EP com o Brafcharge, esse lançamento vai estar disponível na Alemanha pela PogoHai Recs em breve.


O logo novo com o nome da banda quem desenhou foi o Murilo Pommer (do Cadáver Em Transe), ele também criou a capa pro novo disco que está pra sair agora entre dezembro e janeiro, intitulado de Mass Death & Sorrow. Aqui eu vou estar lançando em vinil 12" LP pelo meu selo Decapitated Recs e na Alemanha ele vai estar saindo em dois formatos K7 e CD pela PogoHai Recs.

Eu tenho um projeto pronto pra um novo disco aqui pra ser lançado em 7" EP intitulado de Noise Punk Bombardment, que a arte da capa foi criada pelo Jeferson Pizone (do Helvetin Viemärit), mas esse projeto infelizmente deve ficar pra metade de 2016 mais ou menos.

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Gostaria de agradecer a atenção, para mais informações visitem os links da banda:


https://www.facebook.com/totalsilencedbeat?pnref=lhc
http://totalsilencedbeat.blogspot.com.br/
https://totalsilence.bandcamp.com/

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

(Disco) Paura - Integrity Dept.

Paura é uma banda de São Paulo que está na estrada desde 1995,  a banda coleciona tours ao redor da Europa e américa do sul além de 4 álbuns completos, alguns splits e eps. Integrity Dept é um ep lançado em vinil 7 polegadas em diversas cores (o meu é amarelo), o disco saiu em 2012.
  
LADO A:
O disco começa com a música “Bull Control” esse som começa com uma levada meio hardcore new york, mas no meio começa o hardcore de verdade e aí o bicho pega, só de ouvir já imagino o circle pit. As letras do Paura são de cunho político e social a maioria das vezes, e não será dessa vez que eles vão mudar, ou seja, a canção tem voz ativa (assim como todas as outras). A segunda música é “Discharge the Man” e a banda repete eo feito da abertura, o ep contínua na mesma linha, contundente, político, ativo! Gosto muito muito de alguns breakdowns dessa música – “You adapt, you survive, you overcome”.

LADO B:

Esse é o meu lado preferido do disco, sem dúvidas, começa com “Integrity Department” que já entra com um repique nervoso de caixa e um hardcore marcado do tipo que te faz se jogar de cabeça em um stage diving, a música tem uma pausa e um Breakdown nervoso entra, lembrando que esse disco foi gravado pelo baterista Fernando Schaefer que enfia a mão na batera sem dó. A letra é fenomenal também – “Commitment is not for sale”. O disco fecha com chave de ouro e a música “Worthless Progress” que para mim é a melhor música do disco, se você não tem mania de procurar as letras das bandas procure a letra dessa música. Além de uma letra fodida essa música é contundente e consegue misturar tudo que tem de bom, hardcore, riffs pesados, breakdowns, politica. Simplesmente animal, Paura sendo Paura.

Texto por: Wallace Nunes

sábado, 24 de outubro de 2015

(Álbum) – One Minute Less - Mute the Minute

A banda é lá de Piracicaba no interior de São Paulo e tem um hardcore melódico de responsa. Conheci os caras no ano de 2014 quando abriram p show da banda canadense "Mute" em São Paulo, quem chegasse cedo com 5kg de alimento teria um meet and greet com os gringos e ganharia o Cd do "One Minute Less", vamos conhecer o material então:
O som dos caras e caprichado, bem gravado e um vocal agudo e limpo. As letras são em inglês, mas o CD vem com encarte, assim dá pra ler e sacar o que tá rolando nas tracks. 

O disco começa com a intro "Meg Ryan" só no violão e voz quando acontece a emenda na canção "Before the say" um hardcore correria que quando rola o som do pedal do bumbo estoura no peito e faz você querer correr. Uma música bem feita com repiques nervosos de batera e solo de guita, além disso tem uma caída., um dedilhado, enfim uma ótima abertura.

A terceira e quarta música mostram pq a banda é hardcore melódico mesmo, o vocal Alan bota a garganta em prova com agudos nervosos. 

Gosto da base da canção "Among the living" no início tem uma base de guita aguda e emenda em um two hands mto bom, um som trampado que dá gosto de ouvir.

"Out reflection" é um hardcore mais pesado e o disco acaba com o som "Mute the Time" que dá nome ao álbum. Enfim um cd curtinho mas que é ótimo de ouvir, por sorte já vi os caras ao vivo e confirmo que vale a pena.

Texto por: Wallace Nunes

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

(Livro) – A Aventura do Cinema Gaúcho

Um dia andando pela Fnac Pinheiros, sem muito dinheiro no bolso parei naquele box que tinha escrito em letras garrafais “Promoção” e lá encontrei esse pequeno livro (pequeno por seu formato e número de páginas, apenas 104) que me custou R$5,00. Comprei pelo título “A aventura do cinema gaúcho” cinema nacional é um tema que sempre me atrai, pois bem, depois de alguns anos finalmente li o livro (sim, tenho essa mania de comprar e ler anos depois) e uma grande surpresa me aguardava, o livro narra os filmes e toda a caminhada do cinema no Rio Grande do Sul, desde os super 8 até as grandes produções, tendo como expoente “O Homem que Copiava” e “A Ilha das Flores”. Um livro recheado de histórias e relatos sobre o underground do cinema nacional, vale muito a pena para fãs de cinema.

(obs: O livro pode ser encontrado por R$5,00 na página da editora: http://www.edunisinos.com.br/lstDetalhaProduto.aspx?pid=28)


Texto por: Wallace Nunes

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

(Filme) – Prezado Sr.Waterson

Esse documentário é um deleite para os fãs de quadrinhos assim como eu. O diretor Joel Allen
Schroeder relata algo que talvez muitos dos fãs de Calvin e Haroldo veja semelhança, Joel não se lembra exatamente qual foi a primeira tira que leu, mas se lembra que gostou assim que leu e nunca mais parou. O documentário explora a longevidade da tira mesmo após o seu fim, como pode um quadrinho se manter atual e incrível após décadas de seu fim? Com relatos de fãs de Calvin e quadrinistas atuais e contemporâneos a Bill Waterson (criador e desenhista de Calvin).

Para os fãs elas têm um sentido bem emotivo, pois a maioria se via na pele do pirralhinho bocudo e encrenqueiro. Para os quadrinistas da atualidade é como um exemplo a ser seguido, Calvin é um quadrinho com mensagem e traço impecáveis. Já para os contemporâneos de Waterson, ele era um cara diferenciado que criou um trabalho original e nunca o vendeu, pois o autor não aceitou que fossem lançados produtos, assim sempre terá a essência do que um dia foi. O filme em nenhum momento vai atras do próprio autor, pois o mesmo é bem reservado e o diretor respeita isso, mas ele caça por materiais na cidade natal do mesmo e descobre uma infinidade de tiras originais, lugares que foram desenhados no quadrinho e tiras anteriores a Calvin que já demonstram a genialidade de Waterson.

São 90 minutos que passam como 9, volto a repetir, para os fãs de quadrinho um documentário fundamental. Lançado em 2013, o filme foi selecionado para diversos festivais de documentários, principalmente nos Estados Unidos e recebe nota 6,3 de 10 no IMDB.




Texto por: Wallace Nunes

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

(Show) - 27/09/2015 – MASTODON - slipknot

No dia 27 de Setembro aconteceu o tão esperado show da banda Mastodon, ao menos para mim era um show muito esperado, conheci os caras no fim de 2009 com o disco “Crack the Sky” e logo fiquei viciado nesse disco, em seguida corri atrás
de outros discos e também curti, enfim eis que os caras são confirmados para o Rock in Rio, já faziamos planos de ir para ver a apresentação mas por sorte confirmaram uma data em São Paulo junto com o Slipknot, assim comprei meu ingresso no primeiro dia e fiquei esperando a data.

Cheguei na Arena Anhembi por volta das 18hrs, o clima estava ameno, não parecia que choveria, até nos posicionar-mos em frente ao palco e a partir daquele segundo o céu escureceu e começou a se formar uma tempestade. O Mastodon subiu ao palco às 19hrs em ponto com o som “Tred Lightly” música de abertura do disco da turnê “Once More ‘Round the Sun” os caras começaram quebrando tudo, som pesado, vocais claros e o show se encaminhava para uma ótima apresentação. O show continuou e na segunda música o pé d’água caiu, um verdadeiro diluviu, molhando todo mundo numa porrada só, em menos de 1 minuto eu estava encharcado. A banda continuou, mais seis músicas embaixo de chuva, quando parecia que mudariam o show dos sons novos para os sons antigos, deram uma pausa para trocar de guitarra e beber uma água, foi quando a produção do evento entrou no palco retirando os instrumentos dos caras e assim acabando com o show, sem nenhuma explicação, sem deixar a banda se despedir do publico, sem ao menso explicar o que estava rolando. O guitarra ainda voltou e mandou beijos para o pessoal e se foi. Assim acabou o show do Mastodon em São Paulo, 7 músicas, uma péssima organização, sem informações, sem nada. Me senti traido, comprei aquele ingresso para ver Mastodon, esperei meses pelo show, frustrado resume.


Por fim nem vi Slipknot (não gosto) e vim embora.

Músicas tocadas: Tred Lightly, The Motherload, High Road, Once More ‘Round the Sun, Chimes at Midnight, 

Texto: Wallace Nunes
Fotos: (show) Bruno Renan / (camiseta) Wallace Nunes

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

(Show) – 26/09/2015 - Ratos de porão - Mukeka di Rato


No dia 26/09/2015 rolou no Tendal da Lapa um show de duas bandas nacionalmente famosas e com um público já consolidado, os caras dispensam apresentação, estou falando dos capixabas do Mukeka di Rato, e os paulistas do Ratos de Porão. O show foi gratuito e tinha lotação máxima de 600 pessoas, acho que não chegou a lotar, mas tinha muita gente, o legal é que o evento aconteceria novamente no dia 27/09/2015 no CEU Perus Bernardo José Lorena.

Mukeka di Rato – Eu conheço o som do Mukeka di Rato desde 1999/2000 quando meu irmão comprou o disco Gaiola, devo admitir que naquela altura da vida (eu tinha 9 anos de idade) não curti o som dos caras, mas com o tempo aprendi a gostar. O show começou um pouco depois das 20:00 e a banda manda aquele repertório “toque rápido ou morra” e mete o braço mesmo, o legal é que o Mukeka mescla isso com um pouco de humor e umas levadas meio ska/reggae, assim o show sempre mantinha o polgo eufórico e de repente todos estavam pulando ao ritmo do Ska. Apesar de achar legal o trabalho dos caras estou um pouco desatualizado, o ultima disco que ouvi inteiro foi o “Acabar com você” de 2001, mas fiquei feliz que a banda tocou muitos sons dos três primeiros discos, na verdade a banda tocou muitas músicas, acho que mais de 20 músicas bem mais, adendo para o que eu acredito tenha sido um “freestyle” no final do show, com os dizeres: “Eduardo Cunha, Bolsonaro, vão tomar no cu, sem vaselina, sem carinho sem amor”. Por fim, valeu a pena perder a “virgindade” de shows do Mukeka di Rato. Destaco: José é Mau, Minha Escolinha, New Wave Indio, Viva a Televisão, Maconha e Deturpação Divina.

Ratos de Porão – O show começou por volta das 21 hrs, ainda lotado. A banda mandou sons antigos e atuais, passando por diversas fases do Ratos, mandado sons desde o “Crucificados pelo Sistema” até o atual “Século Sinistro”. O show dos caras é simplesmente contundentes, bate na cabeça e o coro come até o final, sem parar e as vezes até sem respirar, as músicas são emendadas umas nas outras e a galera tem que ter muita força para segurar o tranco. O polgo não parou, o bicho estava solto, muitos “stage divings” (em aspas pois não era possível subir no palco). João Gordo não falha um minuto, sua voz grotesca e berrada funciona o show inteiro incansável, Jão mantem sua cara de mal e arrebenta na guita o show inteiro, o cara é uma maquina da palhetada. Boca marreta a bateria como um mineiro de Serra Pelada, os repiques são rápidos e a levada é forte, eu como batera que sou achei do caralho. Juninho também manda muito e além disso tem seus pulos já caracteristicos (vide capa do DVD Guidable). O show teve uma trinca de músicas que eu queria muito ver, “Igreja Universal” em seguida “Crocodila” e “Beber até Morrer” para quebrar a banda e bater 10 horas mandaram “Aids, pop, Repressão” simplesmente do caralho. Além disso tocaram “Diet Paranóia”, “Anarkophobia”, “Crise Geral”, “Amazônia Nunca Mais”, “Farsa Nacionalista”, “Crucificados Pelo Sistema” e “Grande Bosta”. Gostaria muito de ter ouvido músicas do “Guerra Civil Canibal” e mais algumas do “Século Sinistro” mas valeu a pena mesmo assim, perdi a “virgindade” de duas grandes bandas na mesma noite.

Mais shows como esse deveriam acontecer por aqui, espero que aconteçam na verdade!


Fotos e texto:  Wallace Nunes

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

(Disco) - Uberyou - Frontiers


Comprei esse disco no show do dia 20/09/2015, troquei uma breve ideia com o vocalista e foi super simpático e agradeceu muito por ter ido no show e comprado o disco da banda. Vamos ao disco:

O Uberyou é uma banda suíça que passou pela Brasil pela segunda vez esse ano, esse é um single (7 polegadas) cor gelo, com uma arte bem bonita feita pelo artista Flavio Lepsch, o disco é cor gelo com 2 músicas de cada lado, lançado em Julho desse ano.

Lado A:
Começa com a faixa “So Long” que tem um reef com um dedilhadinho que se repete na intro, nos refrões e no fechamento. A letra é em inglês e fala, ao que tudo indica, de um relacionamento. A levada da música é ótima e da vontade de sair ouvindo e andando de skate. A música que fecha o lado A do disco é “Reputation” com uma levada mais lenta a música também é muito boa e tem um refrão que não sai da cabeça. Também parece ser uma música de relacionamentos, assim fecha o lado A com chave de ouro.

Lado B:
Se o primeiro lado falava de relacionamento o segundo lado fala do pessoal e de forma mais lenta começa com o som “Uncontrollable” uma música com uma levada de boa, leve como a ultima do lado A. Fala de introspecção e infelizmente o lado B não começa tão bem quanto o lado A. A segunda música é “Best of me” que deixa o Single mais lento ainda, apesar de começar na pilha e terminar no relax o Single é muito bom de ouvir, e dá vontade de colocar o fone e andar de skate, todo disco que me faz sentir isso eu considero no mínimo bom.

(obs: Para ouvir os sons: https://uberyou.bandcamp.com/album/frontiers)

Texto por: Wallace Nunes
Foto por: Bruno Renan

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

(Álbum) – All the Post Cards – Fearless

Foto extraida da página da banda A banda All the Post Cards é da cidade de Angra dos Reis e o disco Fearless é o primeiro álbum completo da banda (anteriormente os Eps World of Lies e The Clock Will Understand de 2014 ambos). O disco conta com 10 músicas, todas em inglês, com letras fortes e diversas vezes com cunho político, o disco anima do inicio ao fim, um hardcore melódico agradável e um vocal que dá vontade de cantar junto. A banda músicas que simplesmente grudam na sua mente, quando percebe está cantarolando os refrões enquanto lava louça. Alguns dos sons que eu mais gosto são:

01 – Thanks : Primeira música do disco, começa com um vocal forte acompanhado da guitarra, quando entra a banda da vontade de correr para o circle pit e correr. Uma das minhas músicas prediletas de 2015.

02- Against the Cistem: Segunda música do disco tem uma levada hardcore mais lenta que a primeira, mas gosto muito dessa letra, tem uma mensagem positiva e que me anima toda vez que eu escuto (todo dia, rs)

07 – June and July: Essa música tem uma temática diferente, mesmo com o cunho romântico da canção o hardcore não para, o que faz o som ser incrivelmente bom.

10 – Marighela: Música que fecha o álbum e que ilustra a capa e o nome do disco, “Fearless” era ninguém menos que Marighela, o homem sem medo que ainda nos inspira. A letra da música é muito boa e a levada é incrível, o final com o coro e a voz do Marighela de fundo simplesmente arrepia.


Não sei se existe um físico desse CD, eu o baixei no dia que a banda disponibilizou e já gostei de cara. Espero em breve poder ver os caras ao vivo. É isso ai, para quem quiser mais infos dos caras segue a página da banda: https://www.facebook.com/All-The-Postcards-361796923924297/timeline/



(Obs: Todas as imagens extraidas da página da banda)


Texto por: Wallace Nunes


(Show) – 20/09/2015 - Title Fight, Rooftops, Jah Hell Kicks, Uberyou, Overseas, Under Bad Eyes


No dia 19 de Setembro de 2015 rolou na Clash Club no bairro da barra-funda esse show organizado pela Seven Eight Life Records. Infelizmente não cheguei a tempo de ver o Under Bad Eyes de Curitiba, por esse motivo não poderei escrever sobre a apresentação dos caras (desculpem me). Entrei na casa no show dos costa riquenhos do Overseas:

Overseas faz um hardcore melódico bem legal e dançante, uma levada agradavel... apesar de não conhecer a banda muitos ali curtiram o show facilmente, sem grandes problemas, já que o som agradava. Depois ao chegar em casa busquei os sons dos caras, deixo em destaque os sons: Marathons, Future Plans e Blue.

(obs: Os caras foram assaltados em Porto Alegre e perderam tudo, instrumentos, merch, roupas, documentos, enfim tudo. Está rolando uma vaquinha para ajudar os caras: https://life.indiegogo.com/fundraisers/help-overseas-ayuda-a-overseas/x/12183500)

Uberyou é uma banda da Suiça que tem um som bem agitado e animado, o publico já os conhecia pois a banda já havia passado por São Paulo dois anos atras, muitos cantaram juntos e em coro. Além disso os caras da banda pareciam estar realmente curtindo o momento e dando tudo de si no palco. Destaco os sons: So long, Reputation,

Jah Hell Kicks é uma banda de sampa que existe já faz 10 anos, mas como o vocal Jorel mesmo disse, a banda é um hobby assim sendo tocam pouco. O show dos caras foi bem legal, com letras de protesto e um discurso bem politizado dos integrantes da banda, fez com que a plateia se calasse por vezes e prestasse atenção. Destaco os sons: Punhos Cerrados, Não Espere por alguém.

Rooftops é uma banda Russa que faz um hardcore rápido mesclado com um hardcore meio brisado, algo mais calmo, não sei ao certo como classificar essa pegada, meu eu me sentiria muito bem viajando e ouvindo esse tipo de som. Os caras são bem animados, cabeças girando o show todo e mandando ver, uma coisa que curti foi que a banda fechou com um cover de Nirvana – Breed. Destaco os sons: 1989, WUF.


Title Fight já é bem famoso aqui, fez uma tour no ano passado do disco “Floral Green” e esse ano volta para divulgar o novo disco “Hyperview”. A banda da noite lotou a casa, estava simplesmente esturricado, todos pulando muito e cantando todos os sons. O show foi bem completo, tocaram musicas dos três álbuns mesclando bem os sons. O vocalista e baixista sempre conversava um pouco com o publico e a banda tocava com vontade, mostrando que realmente fazem aquilo porque gostam, destaco os sons: Leaf, 27, Chlorine, Secret Society.

Por fim, um show para lavar a alma no domingo e começar a segunda-feira com um sorriso no rosto e dores no corpo.

(Obs: Infelizmente não tirei fotos... ai tive que roubar essa da Seventy Eight Life... mals caras)


Texto por: Wallace Nunes