segunda-feira, 2 de novembro de 2015

(Show) 31/10/2015 - Forfun (Até logo, amigos)

No sábado dia 31 de Novembro os cariocas do Forfun fizeram o primeiro show dos dois de despedida da banda que anunciou seu fim esse ano. Eu fui conferir o show dos caras e deixo aqui minhas impressões e relato do dia:
Começo essa resenha admitindo que eu não fui fã de Forfun desde a primeira vez que ouvi a banda, me lembro lá em 2004, 2005 quando muitos dos meus amigos e colegas curtiam muito a banda e outras dessa mesma época (Fresno, Scracho) e eu torcia o nariz para esse som, na real eu nunca me esforcei para escutar, eu não gostava muito da galera que curtia o som, ou seja o publico, pois gostavam da estética e da moda do hardcore, e não da ideia do hardcore.
Em 2013 por algum motivo me lembrei de uma melodia de uma música e fiquei meses matutando para lembrar quem cantava, por sorte alguém postou a música no facebook uns meses depois e eu fui atrás do disco, que era o primeiro do Forfun (Teoria Dinâmica e Gastativa) voyla, curti o disco sem duvidas, um hardcore melódico muito bom.
Voltando ao show, cheguei razoavelmente cedo no evento, deu tempo de ir ao banheiro e dar uma olhadinha ao redor, eis que, o que me afastou de conhecer a banda em 2004 ainda me incomoda. Pessoas que valorizam o estilo e não as ideias, não estou generalizando, com certeza ali tinham pessoas que curtiam os caras desde 2000 e bolinha, mas boa parte do publico presente eram simples molecada que nunca vai tentar descer mais a fundo na ideia do hardcore e da cultura engajada que o mesmo tem.
A banda subiu no palco as 22:30 mais ou menos, começaram com a música “Suave” do disco “Polisenso” esse é um som legal, vejo esse disco como uma transição, da banda de hardcore para uma banda de música no geral, os caras misturam suas composições, criam coisas que foge de rótulos por vezes. A banda é bem técnica, dá pra ver que o som dos caras é bem trampado e inclusive o show foi quase que todo acompanhado por um saxofonista, o que dava um up no som (principalmente nos skas e raggaes).
O show seguiu com diversas músicas dos discos mais recentes e nada do primeiro álbum (meu favorito sem dúvidas). Alguns convidados foram chamados ao palco, como por exemplo Teco Martins (Rancore e Sala Espacial) e também Lucas Silveira (Fresno).
Os sons continuaram a se misturar, raggaes, skas e enfim, coisas diversas, até que começou uma canção do ultimo disco (Nu) que me fez ver a grande diferença do publico. O som em questão é a música “Considerações” que tem uma levada hardcore califórnia muito boa para um mega circle pit, e tudo que rolou foi uma molecada pulando como numa micareta.
Já do meio para o fim os caras mandaram sons do primeiro disco, ai sim começou o hardcore de fato, com “Cara Esperto”, “Constelação Karina”, “História de Verão”, “Hidropônica”, “Good Trip”, “Costa Verde” foi sem dúvidas a melhor parte do show, aquela vontade de ter um skate no pé batia forte no peito enquanto o som rolava.

Apesar de não ser um fã de longa data fiz questão de ver esse último show dos caras, ia me sentir culpado em dobro, já que por conta de fatores indiretos eu me esquivei do começo da banda, não pude deixar que fatores indiretos (que ainda estão lá) me fizessem evitar ver o primeiro porém último show dos caras.




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