quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

(Show) Satanic Surfers / Straightline / 30 - 05/12/2015


Dia 5 de Dezembro rolou no Inferno Club na Augusta um show que muitos esperavam fazia anos, Satanic Surfers (Suécia) finalmente voltariam para São Paulo depois de mais de 10 anos. Fiquem aqui com a resenha desse showzaço:

30: A banda 30 é uma formada por ex-membros de diversas bandas e já começou com um disco sendo bem comentado na internet, o engraçado dessa banda é que o vocal Daniel (A-OK) mora em Curitiba e os caras nunca haviam ensaiado juntos até uns dias antes do show de abertura do Ignite, enfim vamos ao show. Começou um pouco atrasado do estipulado, mas os caras mandaram muitos sons. A levada é boa, hardcore bem feito e pensado, batera nervoso, e os vocais são ótimos, eu sou suspeito para falar já que era um fã do A-OK. Os caras estavam bem feliz por ter espaço para abrir o show do Satanic que é uma banda que curtem, show bem legal e fica a dica ai de um som apra ouvir.



Straightline (Alemanha): Uma banda extremamente técnica, o Streightline me deixou de boca aberta. O batera parecia um desses samplers, os repiques eram rápidos e precisos. O guitarrista e vocalista era técnico rápido, solava e cantava.... baixo e outro guitarra também arrebentavam, como eu disse uma banda muito técnica, e com um som fodido, um hardcore bem feito, correria com vocais meio gritados e melódicos por vezes. Algumas músicas soavam mais rápidas, como um grind... outras mais hardcore melódico...enfim uma banda muito legal e que merece uma atenção.

Satanic Surfers (Suécia): Bom, não tenho nem palavras para descrever o show dos caras, histórico. Vi marmanjo chorando, caras da antiga pulando do palco e cantando a parada loucamente. Show fodido, não muito lotado, mas bem animado, muitos stage divings e circle pits, não sei nem como descrever direito... Enfim, os caras tocaram por quase duas horas e depois de muito suor e de músicas emendadas e muita porrada na cabeça o show chegou ao final... fiquei triste que eles só tocaram dois sons do "Taste the Poison" que é meu disco predileto, mas mesmo assim valeu a pena, show do caralho e nem sei se sera possivel ver um outro algum dia.

Texto e fotos: Wallace Nunes

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

(Entrevista) - Western Day (SP)

Western Day é uma banda de Grind/Hardcore da Zona Sul de São Paulo, os caras estão na estrada desde 2007 e tem um currículo invocado, diversos festivais e shows com bandas como: Still On (Colômbia), Meinhof (UK) e Napalm Death (UK) & Suffocation (USA), Are you God?, Hutt e muitas outras. Troquei uma ideia breve com os caras e o papo foi assim:

Folha Alternativa: Eu conheci o Western Day faz um tempo, e na época era uma outra formação, explique para galera um pouco dessa nova formação da banda.

Western Day: Salve salve folha Alternativa! Primeiramente gostaríamos de agradecer a oportunidade de estarmos aqui falando um pouco sobre a banda, e que não somos muito bons com as palavras (risos) mais que vamos tentar ser objetivos e não falar nenhuma besteira.
Como dito formamos o Westernday em meados de 2007, Quem idealizou a parada foi o PH (guitarra) junto com Jhowgo (vocal) , eles foram os criadores da banda. Na sequencia entrou o Carlos (vocal), Alex (guitarra), Alirio (Baixo) e Rick (batera). Tocamos em gigs com bandas bem legais da cena. Dois eventos que gostaríamos de destacar foram o Bolinho Podre Speedgrind festival e 2º Piraporinha Hardcore.
Depois começaram as mudanças. Alirio saiu da banda e foi substituído pelo Bruno vulgo Mutila, Que tá até hoje tocando com agente. Dai pra frente tocamos muito. Rolou em 2009 o koolmetal fest e foi uma experiencia incrível dividir o palco com bandas como o Napalm Death, Suffocation e Violator. Em Janeiro de 2010 tocamos no 18° Festival de Hardcore de São Paulo, Verdurada. Esse foi nosso ultimo show. Decidimos dar um tempo pra focar em nossas particularidades, estudos, trabalho daí em diante a banda seguiu "splitada" Até 2014. Algumas tentativas de retorno rolaram, mais a banda quase acabou de vez. Surgiram projetos paralelos inclusive um deles continha os membros da banda exceto Alex e Rick. Chamava-se Dead Vai You. Tem um EP gravado e é altamente recomendado a fãs de punk, hardcore na linha Discarga, Mukeka di Rato.
Quando a banda resolveu voltar, fez alguns ensaios. Aconteceu a saída do Rick que é um batera fudido! Temos orgulho de ter tido um cara autodidatas como ele, acompanhar sua evolução como músico e ter sua pegada registrada na nossa “Demogrind”. Na Sequencia já entrou o Gabriel, um batera foda! Saiu o Jhowgo, o Carlos assumiu a responsa dos vocais. No fim saiu o PH guitarrista e fundador da parada. Entrou o Marcelo que tem um curriculum bom na cena. Guitarrista experiente e já tocou com muitas bandas dentre elas o Violência Coletiva. Desde então a banda começou a tomar uma nova direção... As musicas ficaram muito mais pesadas e com certa técnica, bem diferente do início da banda que era bem mais punk! Por fim na reta final da gravação do nosso novo trabalho, por motivos que decidimos não divulgar rolou a saída do Carlos. Não poderíamos perdem tempo. Convidamos o Thiago vulgo Thithi Gore! O Apelido do camarada já diz tudo, nem precisamos falar muito! Já chegou fazendo Três shows e gravou os vocais no EP. Hoje somos Alex (guitarra), Marcelo (guitarra), Mutila (baixo), Ratão (batera) e Thithi Gore (vocais) Esperamos seguir juntos por muito tempo, tocando e divulgando nosso trabalho. Levando o legado do rock pauleira por onde passarmos! Essa é nossa única pretensão como banda!

FA: Conheço a demo “Demogrind”, tem 4 sons de vocês e está disponível no Bandcamp da banda, as quatro músicas não tem letra disponível, queria saber qual é a temática que a banda aborda nas letras.

WD: A temática da banda consiste na mescla de situações que acontecem no nosso  dia a dia, coisas do cotidiano, holocausto, horror, trash movies. Como se todos os dias no local onde  vivemos fosse um filme de horror! Entende? (risos)

FA: Estou sabendo que em breve vão lançar um disco e um EP com sons lado B, quando e o que esperar desses novos plays?

WD: Quase certo pra lançarmos em Março! O disco ainda não tem um nome. Temos as músicas gravadas, finalizadas. Detalhe! Tudo no mais alto estilo DIY, faça você mesmo! Quem fez a parada toda foi nosso guitarrista o Alex. Quanto ao EP com sons lado B, é bem provável que lancemos uma ou duas semanas antes da chegada do trabalho principal. O que esperar? Rock Pauleira! Sem dúvidas! (risos)

FA: Além dos discos, quais os planos futuros para a banda? Um clipe? Algum show de lançamento?

WD: A cara... Agente tá apostando bastante no lançamento desse Disco novo, depois que ele sair tudo é possível acontecer! Um video clip seria animal! Pode ser que surja a oportunidade! Que alguém se interesse pelo trampo. E sim, pretendemos fazer um show de lançamento. Estamos até tentando fechar com alguma banda legal da cena. Isso ainda está em processo, ainda não há como dar muitos detalhes. Mais vai rolar sim.

FA: Por fim, como e quem faz as artes da banda? São vocês mesmos ou algum amigo agiliza?

WD: No começo quem fazia essas paradas era o Jhowgo, inclusive foi ele quem criou as artes pras camisetas, as paradas da nossa demo! O Bonegrind nosso mascote. E são uns trampos que ajudaram a dar a cara da banda! Esse lance de horror e perífa sempre teve presente na banda.
Agora pra esse disco novo quem está fazendo nossa arte é o Augusto Miranda. Além de um artista fora de série o cara é GENTE, uma das pessoas mais legais que já conhecemos. Vale a pena conhecer o trampo dele.





Gostaria de agradecer aos caras do Western Day e quem quiser conhecer mais o trampo dos caras basta curtir a página deles no Facebook e acompanhar o bandcamp da banda, que em breve vai ter novidades como já citado disco.

https://www.facebook.com/westerday

http://westerndaygrindcore.bandcamp.com

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

(Livro) Fanzine Como Obra de Arte: Da Subversão ao Caos

A resenha da vez será de um livro que adquiri no último Ugra Zine Fest, o livro "Fanzine Como Obra de Arte: Da Subversão ao Caos" foi escrito pelo amigo William Busa que desde o meu primeiro evento de zines estava lá, e deixo aqui minhas impressões do trabalho:

Vale lembra que esse trabalho inicialmente foi concebido como artigo científico para a pós-graduação em história da arte de William, em seguida o mesmo foi lançado pela Marca da Fantasia, que é uma editora da Paraíba que busca sempre lançar livros com conteúdos relacionados a zines.

O livro tem uma cara científica, digo isso pela divisão de capítulos e também pelo vocabulário, mas isso não impede de ser uma boa leitura. Levanta diversas questões, e na verdade todas elas chegam a uma grande questão, o que é arte?
Trazendo o contexto histórico e os movimentos artísticos da modernidade aos tempos contemporâneos William mostra a diferença entre arte, e Arte com a maiúsculo, além disso traz um pouco da origem do zine de forma breve já que esse não é o foco do livro. 

O trabalho é bem curtinho, dá pra ler em um dia tranquilo, e ajuda a refletir nas duas vertentes, o que é arte? O que é zine? Zine é arte? Se você quiser descobrir entre em contato com o William ou com a Marca da Fantasia, vale a pena ter na estante. 

http://marcadefantasia.com/

Texto e Foto: Wallace Nunes


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

(Show) 1º Osasco Cultural (Ira! / Vespas Mandarinas) 21/11/2015

Aconteceu nos dias 21 e 22 de novembro o 1- Osasco Cultural, o que seria uma versão da virada cultural da cidade de São Paulo. O evento aconteceu em diversos palcos espalhados pela cidade, ao longo das 24 horas de música rolaram diversos artistas famosos e espaço para as bandas locais também, além disso o Sesc Osasco funcionou 24 horas com teatro, cinema e dança. Eu fui para um único palco na noite do dia 21 para conferir as bandas “Vespas Mandarinas” e “IRA!” e aqui vai a resenha.

Vespas Mandarinas

Essa foi a segunda vez que tive a oportunidade de ver o Vespas ao vivo, a primeira delas foi na Clash Club quando fui chamado para fazer fotos do "Brothers of Brazil" e o show teria abertura do Vespas. A banda mudou um tanto desde então, na época o Thadeu Maneghini era guitarrista e no baixo tocava Flavio Guarnieri dessa vez temos um novo guitarrista  e Thadeu no baixo e voz. Os caras começaram com música nova, primeiro show na cidade estavam aquecendo o público, depois de alguns minutos de show e da espontaneidade do vocalista o público estava ganho quando a banda mandou as musicas; O Vício e o Verso, O Inimigo, Santa Sampa, Não Sei o que Fazer Comigo.
A galera já pulava e cantava todas elas. Sem um baixista o vocalista Thadeu perde um pouco a liberdade que tinha de largar a guitarra e cantar de microfone na mão, como eu o vi fazer na Clash, era possível fazer isso pois o baixo segurava e Chuck Hipólito mantinha uma das guitas, ele larga o baixo e pira um pouco ainda, mas aí o show fica com a sonoridade mais vazia, mas gosto muito dessa pira, anima o público. Um ponto bom em ter um novo guitarrista é que o cara manda bem, sente o som e desce a mão. Para o Vespas ficar redondinho acho que tinha que ter um baixista e que Thadeu ficasse livre apenas para cantar (ou uma terceira guitarra, porque não??). Show ótimo e espero poder vê-los na ativa mais uma vez.

IRA!
Meu pai tem o disco “Núcleo Base” e sempre o ouviu, ou seja eu sempre ouvi IRA. Pois bem, alguns anos atrás quando anunciaram o fim da banda fiquei bem triste pois nunca havia visto, e nunca mais veria. Eis que em uma virada cultural de São Paulo eles voltaram à ativa, infelizmente não pude ir e mantive assim o IRA em minha lista de bandas que queria ver. Mas por sorte tocariam em Osasco, juntaram a fome com a vontade de comer e voila. Os caras subiram no palco já mandando "Longe de Tudo" o publico ja pirou (eu principalmente) e o bicho comeu solto, era sucesso atras de outro, só sonzeira. Nazi já não canta mais como anos atrás, mas o Scandurra continua arregaçando. A banda tem uma nova formação e nessa formação tem um baterista que enfia o braço sem dó, o que deu um ganho músical gigante para a banda. Entres os sons tocados tivemos: "Ninguém Precisa da Guerra", "Saída", "Rubro Zorro", "Flerte Fatal", "Envelheço na Cidade", "Girassol" e mais uma caralhada.
Show muito bom, mais um que estava na minha lista e consegui ver em 2015. Uma parada legla que fiquei sabendo é que o IRA começou a formar a banda com um amigo de Nazi e Scandurra que vivia em Osasco, assim os 3 se reuniam na cidade para escrever e planejar a banda. Segundo Nazi esse amigo já faleceu, a banda dedicou a canção "Rubro Zorro" em sua memória.

Texto e Fotos: Wallace Nunes