Começamos o ciclo das bandas da We Are One Tour com o MUTE do Canadá, hoje teremos as respostas do Adrenalized da Espanha, em breve Belvedere e Lagwagon também. Enfim, vejam o que os caras nos contaram:
Folha Alternativa: Enquanto conferia o perfil de vocês no Facebook eu li
uma frase q dizia “Não espere um conto de fadas aqui” gostei muito dessa frase,
então para começar eu gostaria de saber sobre o começo da banda, o mesmo perfil
(Facebook) disse que vocês sempre foram amigos, mas como tudo começou de fato?
Adrenalized: Tudo começou quando Ander e Iri estavam na escola. Eles eram
amigos e eles costumavam ouvir as mesmas músicas. Iri começou a tocar com
alguns caras da sala dele e mais tarde Ander se juntou a eles. Depois de um ano
eles se juntaram com Serch que eventualmente começou a tocar baixo. Depois
disso, outro cara, Chipi, entrou para a banda e nós todos tocamos alguns shows.
Então em 2006 Chipi saiu da banda e Lolo entrou. Finalmente em 2012, Serch saiu
da banda e Josu começou a tocar conosco.
FA: O hardcore começou no EUA então as referencias para as
bandas são bandas americanas, que cantam em inglês, por isso muitas bandas no
Brasil e na America do Sul e muitos outros países da Europa também cantam em
inglês. Eu gostaria de saber se vocês já tentaram fazer músicas em espanhol?
Quão diferente vocês acham que soaria? E quão importante isso seria para o
público espanhol? (Se acontecesse).
AD: Bom nós sempre somos questionados por que cantamos em
inglês. Nós sempre dizemos isso que você citou, como o genero nasceu no EUA e
quase todas as bandas que nós ouviamos quando eramos jovens cantavam em inglês.
É por isso que é meio que natural para nós cantarmos nessa lingua ao inves de
espanhol. Nós nunca tentamos cantar em Espanhol, mas achamos que isso seria um
pouco “estranho”. Não creio que isso faria uma grande diferença para nosso
público espanhol, mas nós nunca dizemos “não” para essa ideia. Pode ser que
aconteça nós provavelmente cantaremos em Euskara no futuro (como cantamos em
uma música do Docet Umbra).
FA: Essa é a primeira vez de vocês aqui na América do Sul, o
que vocês esperam disso? O que vocês ouviram sobre o clima da cena
punk/hardcore daqui?
AD: Nós não sabemos o que esperar mas uma coisa é certa: Nós
estamos muito animas e ansiosos para chegar e curtir com vocês ai do outro lado
do oceano! Nós temos uma certa conexão com essas terras, apenas pela lingua e o
passado em comum, e nós sempre gostamos de conversar com fãs da America do Sul
que são muito legais e devotos. Nós assisstimos alguns videos de alguns shows
por ai e o publico é louco! Nós esperamos o melhor das pessoas dai. Nós
acreditamos que a cena punk/hardcore é muito forte na America do Sul, com
muitas bandas crescendo, e graças a internet é mais facil conhece-las. Nós só
temos boas referencias sobre a cena dai, só esperamos que essas referencias
sejam verdadeiras e queremos conhecer algumas das bandas dai.
FA: Na página de vocês tem uma descrição sobre a banda e
fala sobre as primeiras músicas, que talvez vocês não sejam muito fãs delas,
como vocês pensam na evolução músical do primeiro album “Vote for the Fake”
para o último “Tales From the Last Generations”?
AD: Bom, nosso primeiro album é de
2007, entretanto algumas das músicas são mais antigas que isso. Você pode
perceber que naquele momento nós ouviamos músicas e eramos influenciados por
bandas que talvez não sejam as mesmas que ouvimos hoje em dia. Talvez só tenham
ficado um pouco desatualizadas para nós... tipo nós não fariamos um album
daquele jeito hoje em dia. Mas nós gostamos das músicas, elas são a
representação do que aqueles momentos foram para nós. Isso é a vida de uma
banda. Você compoe algumas musicas e depois de alguns anos você olha pra trás e
pensa que elas não são tão boas quanto você queria, mas naquele momento elas
eram as melhores que você poderia fazer e soava incrivel para os seus ouvidos.
Nós achamos aque nossa música
mudou de uma forma muito boa desde nosso primeiro album. Nós tivemos um segundo album que era um pouco
mais “dark” e pessoal para falar a verdade. “Tales from The Last Generation” foi uma experiencia comovente, já que
decidimos fazer do nosso jeito, do primeiro ao ultimo passo, e nós estamos
muito orgulhosos disso, significa muito para a banda.
Musicalmente falando, nós
tentamos encontrar o equilibrio entre, “exigencias tecnicas” partes trash ou dark ou partes hardcore
melódico e melodias. Nós ficamos muito satisfeitos com o resultado e nós
podemos ver uma evolução dos nossos albuns anteriores.
FA: Algum tempo atrás vocês
tiveram uma troca de membro, Serch saiu da banda e Josu é o atual baixista.
Como foi isso? Quero dizer, quando alguém sai as vezes é muito dificil achar o
cara certo, então como foi para vocês? E quanto tempo levou? (adaptar, praticar
e começar a tocar novamente).
AD: Foi um momento muito triste
quando ficamos sabendo que Serch ia sair da banda. Depois de tantos anos
juntos, tantas experiencias e nós eramos bons amigos, foi como ver um irmão
indo embora. Mas nós sabiamos que estariamos dispostos a continuar tocando e a
incorporar Josu foi a melhor das decisões que nós ja fizemos. Ele é um ótimo
músico, uma ótima pessoa e ele não teve problemas em aprender as músicas, se
acostumando com nosso jeito de tocar, e até mesmo nos termos de composição, ele
veio com muitas ideias boas que foram realmente valiosas para nós fazermos o
“Tales From The Last Generation”.
FA: No último album “Tales From The Last
Generations” tem uma músicas “Crawling in the Ashes” com a participação de Étienne
Dionne do Mute, como foi feita?
AD: Nós conhecemos os caras do MUTE
muitos anos atrás quando eles estavam na tour de 10 anos deles na Europa. Nós
agendamos um show para eles em San Sebastian e foi totalmente incrivel. Depois
do show nos tornamos bons amigos e mantivemos contato. Nós tivemos a honra de
tocar com eles novamente alguns anos depois e sempre é um prazer estar com
eles. Nós estavamos muito felizes de saber que vamos fazer uma turne com eles. Quando
estavamos compondo “Tales From The Last Generation” nós tivemos a ideia de ter
algumas parcerias com outros artistas, e não conseguiamos pensar em ninguem
melhor do que Étienne. Nós mandamos a
parte instrumental, a letra e a parte que ele deveria cantar e ele fez um
trabalho incrivel por conta propria no Canada. O resultado ficou incrivel para
nós.
FA: Vocês não tem nenhum video
clip oficila, tem algum plano de fazer algo assim?
AD: Nós estavamos pensando em fazer
um video clip, mas não queremos ficar pensando demais nisso. Nosso principal
problema é não termo umas “história” para contar no video e por causa disso nós
nunca tratamos de fechar um roteiros ou alguma coisa e procurar alguem para
gravar e etc. Nossa culpa... mas nós
gostariamos de fazer isso.
FA: Eu estava conferindo a capa
do novo disco e cada uma é totalmente diferente da outra, como vocês fazem as
capas? Quero dizer, vocês dizem para o artista o que querem, ou acham um cara
com um trabalho legal e o deixam trabalhar e criar algo legal para a banda?
AD: Bom, tirando o “Docet Umbra”, uma
arte por Andreas Frisk, as capas e artes são normalmente feitas por Ander
mesmo. Nós normalmente temos uma ideia do que queremos, e nós normalmente nos
encontramos para fazer a arte final. Claro que as vezes nós pedimos para
pessoas e amigos para virem com designs e até sugerimos algo ou deixamos que
eles proponham coisas totalmente deles mesmos.
FA: Eu gostaria de agradecer todos os
membros do Adrenalized por responderem as perguntas, agradeço a atenção para
nos dar um pouquinho de informação sobre a banda, até logo!
AD: Obrigado por nos dar a chance de
sermos lidos!
Entrevista por: Wallace Nunes
Fotos: Adrenalized oficial.
Para mais infors dos caras:
Para mais infos da We Are One Tour:
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