No dia 26/09/2015 rolou no Tendal da Lapa um show de duas
bandas nacionalmente famosas e com um público já consolidado, os caras
dispensam apresentação, estou falando dos capixabas do Mukeka di Rato, e os
paulistas do Ratos de Porão. O show foi gratuito e tinha lotação máxima de 600
pessoas, acho que não chegou a lotar, mas tinha muita gente, o legal é que o
evento aconteceria novamente no dia 27/09/2015 no CEU Perus Bernardo José
Lorena.
Mukeka di Rato – Eu conheço o som do Mukeka di Rato desde
1999/2000 quando meu irmão comprou o disco Gaiola, devo admitir que naquela
altura da vida (eu tinha 9 anos de idade) não curti o som dos caras, mas com o
tempo aprendi a gostar. O show começou um pouco depois das 20:00 e a banda
manda aquele repertório “toque rápido ou morra” e mete o braço mesmo, o legal é
que o Mukeka mescla isso com um pouco de humor e umas levadas meio ska/reggae,
assim o show sempre mantinha o polgo eufórico e de repente todos estavam
pulando ao ritmo do Ska. Apesar de achar legal o trabalho dos caras estou um
pouco desatualizado, o ultima disco que ouvi inteiro foi o “Acabar com você” de
2001, mas fiquei feliz que a banda tocou muitos sons dos três primeiros discos,
na verdade a banda tocou muitas músicas, acho que mais de 20 músicas bem mais,
adendo para o que eu acredito tenha sido um “freestyle” no final do show, com os
dizeres: “Eduardo Cunha, Bolsonaro, vão tomar no cu, sem vaselina, sem carinho
sem amor”. Por fim, valeu a pena perder a “virgindade” de shows do Mukeka di
Rato. Destaco: José é Mau, Minha Escolinha, New Wave Indio, Viva a Televisão,
Maconha e Deturpação Divina.
Ratos de Porão – O show começou por volta das 21 hrs, ainda
lotado. A banda mandou sons antigos e atuais, passando por diversas fases do
Ratos, mandado sons desde o “Crucificados pelo Sistema” até o atual “Século
Sinistro”. O show dos caras é simplesmente contundentes, bate na cabeça e o
coro come até o final, sem parar e as vezes até sem respirar, as músicas são
emendadas umas nas outras e a galera tem que ter muita força para segurar o
tranco. O polgo não parou, o bicho estava solto, muitos “stage divings” (em
aspas pois não era possível subir no palco). João Gordo não falha um minuto,
sua voz grotesca e berrada funciona o show inteiro incansável, Jão mantem sua
cara de mal e arrebenta na guita o show inteiro, o cara é uma maquina da
palhetada. Boca marreta a bateria como um mineiro de Serra Pelada, os repiques
são rápidos e a levada é forte, eu como batera que sou achei do caralho.
Juninho também manda muito e além disso tem seus pulos já caracteristicos (vide
capa do DVD Guidable). O show teve uma trinca de músicas que eu queria muito
ver, “Igreja Universal” em seguida “Crocodila” e “Beber até Morrer” para
quebrar a banda e bater 10 horas mandaram “Aids, pop, Repressão” simplesmente
do caralho. Além disso tocaram “Diet Paranóia”, “Anarkophobia”, “Crise Geral”,
“Amazônia Nunca Mais”, “Farsa Nacionalista”, “Crucificados Pelo Sistema” e
“Grande Bosta”. Gostaria muito de ter ouvido músicas do “Guerra Civil Canibal”
e mais algumas do “Século Sinistro” mas valeu a pena mesmo assim, perdi a
“virgindade” de duas grandes bandas na mesma noite.
Mais shows como esse deveriam acontecer por aqui, espero que
aconteçam na verdade!
Fotos e texto: Wallace Nunes
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