segunda-feira, 28 de setembro de 2015

(Show) – 26/09/2015 - Ratos de porão - Mukeka di Rato


No dia 26/09/2015 rolou no Tendal da Lapa um show de duas bandas nacionalmente famosas e com um público já consolidado, os caras dispensam apresentação, estou falando dos capixabas do Mukeka di Rato, e os paulistas do Ratos de Porão. O show foi gratuito e tinha lotação máxima de 600 pessoas, acho que não chegou a lotar, mas tinha muita gente, o legal é que o evento aconteceria novamente no dia 27/09/2015 no CEU Perus Bernardo José Lorena.

Mukeka di Rato – Eu conheço o som do Mukeka di Rato desde 1999/2000 quando meu irmão comprou o disco Gaiola, devo admitir que naquela altura da vida (eu tinha 9 anos de idade) não curti o som dos caras, mas com o tempo aprendi a gostar. O show começou um pouco depois das 20:00 e a banda manda aquele repertório “toque rápido ou morra” e mete o braço mesmo, o legal é que o Mukeka mescla isso com um pouco de humor e umas levadas meio ska/reggae, assim o show sempre mantinha o polgo eufórico e de repente todos estavam pulando ao ritmo do Ska. Apesar de achar legal o trabalho dos caras estou um pouco desatualizado, o ultima disco que ouvi inteiro foi o “Acabar com você” de 2001, mas fiquei feliz que a banda tocou muitos sons dos três primeiros discos, na verdade a banda tocou muitas músicas, acho que mais de 20 músicas bem mais, adendo para o que eu acredito tenha sido um “freestyle” no final do show, com os dizeres: “Eduardo Cunha, Bolsonaro, vão tomar no cu, sem vaselina, sem carinho sem amor”. Por fim, valeu a pena perder a “virgindade” de shows do Mukeka di Rato. Destaco: José é Mau, Minha Escolinha, New Wave Indio, Viva a Televisão, Maconha e Deturpação Divina.

Ratos de Porão – O show começou por volta das 21 hrs, ainda lotado. A banda mandou sons antigos e atuais, passando por diversas fases do Ratos, mandado sons desde o “Crucificados pelo Sistema” até o atual “Século Sinistro”. O show dos caras é simplesmente contundentes, bate na cabeça e o coro come até o final, sem parar e as vezes até sem respirar, as músicas são emendadas umas nas outras e a galera tem que ter muita força para segurar o tranco. O polgo não parou, o bicho estava solto, muitos “stage divings” (em aspas pois não era possível subir no palco). João Gordo não falha um minuto, sua voz grotesca e berrada funciona o show inteiro incansável, Jão mantem sua cara de mal e arrebenta na guita o show inteiro, o cara é uma maquina da palhetada. Boca marreta a bateria como um mineiro de Serra Pelada, os repiques são rápidos e a levada é forte, eu como batera que sou achei do caralho. Juninho também manda muito e além disso tem seus pulos já caracteristicos (vide capa do DVD Guidable). O show teve uma trinca de músicas que eu queria muito ver, “Igreja Universal” em seguida “Crocodila” e “Beber até Morrer” para quebrar a banda e bater 10 horas mandaram “Aids, pop, Repressão” simplesmente do caralho. Além disso tocaram “Diet Paranóia”, “Anarkophobia”, “Crise Geral”, “Amazônia Nunca Mais”, “Farsa Nacionalista”, “Crucificados Pelo Sistema” e “Grande Bosta”. Gostaria muito de ter ouvido músicas do “Guerra Civil Canibal” e mais algumas do “Século Sinistro” mas valeu a pena mesmo assim, perdi a “virgindade” de duas grandes bandas na mesma noite.

Mais shows como esse deveriam acontecer por aqui, espero que aconteçam na verdade!


Fotos e texto:  Wallace Nunes

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