segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

(Profile) Hopesfall

Eis que chegamos em 2017 com boas noticias, os caras do Hopesfall anunciaram um disco novo para esse ano, mas pera ai, quem é Hopesfall?




Nos idos dos anos 2000 quando minha principal fonte de música era uma internet discada e um programa chamado "imesh" meu irmão selecionava vídeos de bandas aleatórias e ouvíamos para ver se era bom ou não, depois desse pente fino escolhíamos o que gostávamos e baixávamos a discografia. Foi assim que conheci muitas bandas e uma delas foi o Hopesfall.


(vídeo que eu assisti em 2000 e guaraná com rolha....)

A banda é da Carolina do Norte e iniciou as atividades em 1998 e nesse mesmo ano gravaram o primeiro disco "The Frailty of Words" que só foi lançado em 1999 por um selo cristão "DTS Records". O disco conta com 10 canções e eu particularmente não sou muito fã, nunca consegui parar para ouvir direito e na verdade nunca tive vontade, mas meu irmão por exemplo adora esse álbum.

Com quase a mesma formação lançaram em 2001 o EP "No Wings to Speak of", por outro selo, já que sairam da pegada "cristã", e para mim é o momento que a banda fica de fato muito boa. O EP conta com 4 faixas e uma é melhor que a outra, "Open Hands to the wind" é demais, começa bem pesada, vocais guturais, do nada uma reviravolta e o som fica angelical, dedilhado, olha eu acho que vai ficar até exagerado, mas meu fanatismo por esse EP é tanto que vou cansar o leitor de tanto exaltar. Seguimos com "April left with silence" primeira música que eu ouvi, e ela foi boa o suficiente para me fazer querer mais, então espere algo muito bom. Em seguida temos "The end of an era" e seguindo o padrão de qualidade do EP o som é perfeito é serio nem vou falar de "The far pavillions" escute esse EP e você entenderá.

Em 2002 a assinaram com a "Trustkill Records" para o lançamento do disco "The Satellite Years". Antes de lançar o álbum a gravadora relançou o EP "No wings to speak of" no mesmo ano. Agora com um novo vocalista, Doug Venable sai para dar lugar a Jay Forrest. O disco foi gravado em Abril e lançado em Outubro, mantendo a pegada da arte do "No Wings to Speak of" o design parece ter vindo de outro planeta, como se a banda fosse espacial, e de fato esse aspecto gráfico traduz o que o som inspira, por vezes ao ouvir Hopesfall eu me sinto em outra galáxia, ou viajando por entre o cosmos e os planetas.


(fala sério, olha essas capas....)


"Satellite Years" é um discão, com 10 músicas, dentre elas duas instrumentais, a sonzeira é completa, na boa eu não consigo ouvi-lo separadamente, para mim é uma obra completa, tem que ouvir da primeira até a ultima sem interrupções. Esse disco tem uma gravação/produção melhor que os outros então eu sinto que seja o ápice da banda, o ponto mais alto entre peso, arte, instrumental e tudo o mais, foi o que fez se consagrarem dentro e fora dos Estados Unidos.

(Esse link é um vídeo feito pela própria banda, ele está na conta pessoal de Adam Morgan, o baterista)

Com a turnê do disco a banda tocou em diversos festivais e nessa lista temos o Hellfest 2003. A apresentação foi registrada para o DVD do festival que contou com a canção "The bending" e com uma perfomance sem precedentes causou curiosidade em muitas pessoas tornando a banda cada vez maior e mais incrível.´





(videoclipe feito com pedaços da apresentação da banda no Hellfest 2003, esse DVD fez muito sucesso o video na integra está nesse link)

Em 2004 lançam então seu terceiro álbum "A-type". Novamente pela gravadora "Trustkill Records" esse disco vem com a arte tão incrível quanto os últimos discos, com videoclipe de lançamento e tudo mais, mas algo mudou, a começar por sua formação, o único músico de 98 que permaneceu foi Joshua Brigham (guitarrista). Nesse disco os vocais de Jay Forrest são quase todos cantados, pouquíssimos guturais, a banda ficou com uma cara de rock-alternativo mais do que post-hardcore, mas tudo bem, fã que é fã encara tudo com bons olhos. Apesar das mudanças ainda era o Hopesfall e assim não tinha como o disco ser ruim, não é? Instrumental incrível, letras muito boas e possíveis de rolar aquele bom e velho "sing along". Apesar da mudança, e somente por conta da mudança, a banda atingiu o 23º lugar em duas paradas da Billboard "US Top Heatseekers Albums" e US Independent Albums".




(vídeoclipe de Icarus do álbum A-types)

(olha os caras no cristo ae!!)
E ai chegamos no Brasil. Com a espera do lançamento do "A-types" por conta da boa turnê de 2003 nos EUA, aqui no Brasil ficou a curiosidade de todos por esse novo álbum e um selo decidiu lançar por aqui a um preço bem legal, acho que na época custava R$20,00. Assim a Artery Music lançou o disco, e com esse lançamento veio uma grande surpresa: A tour na américa do sul em 2005. A banda iria passar por  São Bernardo do Campo, Belo Horizonte, Taubaté, Curitiba, Balneário Camboriú e São Paulo entre os dias 11 e 16 de Outubro, um show por dia. Eu na época tinha 14 anos de idade não tinha dinheiro nem para o ingresso (R$20,00) mas se fosse hoje eu teria ido em todas apresentações no estado de São Paulo! Enfim, fui na última data no lendário Jabaquara e foi insano. O show foi animal, acho que umas 2 horas de som, tocaram sons do "A-types", começaram com "Per sempre marciamo". Mandaram sons do "Satellity Years" e "No wings to Speak of" também. Me lembro que no bis "The end of an era" eu já não aguentava mais respirar. Um show incrível, jamais vou me esquecer!



(Show no Jabaquara, eu estava bem do lado do batera)

Depois dessa tour a banda ficou meio parada, ao menos eu não tive mais notícias dos caras, então em 2007 foi lançado o que seria o último disco "Magnetic North" com arte fenomenal. O disco também saiu pela "Trustkill Records" e seguiu um pouco a linha do "A-types" mas com mais peso por vezes, lembrando vagamente o "Satellity Years", por fim depois de gravar e sair em tour a banda inteira se demitiu, o único que permaneceu foi Jay nos vocais. Com outros músicos ele terminou a tour e ainda tentou continuar a banda, mas foi impossível, em Janeiro de 2008 eles anunciaram o fim.


(Existe uma série de videocast da gravadora para divulgar o "Magnetic North", essa é a parte 1/3)

Mais tarde a banda trouxe a publico que a gravadora Trustkill não cumpriu com muitas coisas, por exemplo devia a banda e parou de pagar motorista e equipe no meio da tour, os caras só conseguiram terminar fazendo empréstimo, a banda chegou a declarar que odiavam a gravadora e o dono da mesma, e além disso eles não foram os únicos músicos ou banda a reclamar da gravadora. A gravadora alterou as músicas do último disco sem antes falar com os caras, o que ajudou a faze-los desistir.

Em 2011 rolou um reunion para comemorar os 10 anos do "No wings to speak of" esse reunion foi com o primeiro vocalista, Doug, e só rolaram dois shows. No final de 2016 a banda anunciou seu retorno e um novo álbum para 2017, agora basta esperar!




(video do anuncio da reunião da banda)

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